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Publicado em 27 de julho de 2022 às 22:37
A retirada da pré-candidatura do deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) para governador do Espírito Santo movimentou o cenário eleitoral capixaba nesta quarta-feira (27) e iniciou uma corrida entre os partidos em busca do apoio do União Brasil. Dono da maior bancada na Câmara dos Deputados, o partido detém o maior tempo de propaganda eleitoral na TV e também o maior volume de recursos financeiros do Fundo Partidário.>
Esperada nos bastidores políticos, pela falta de viabilidade e de apoios, a desistência de Rigoni da disputa ao governo do Estado levantou diversas possibilidades sobre o destino do partido na disputa para governador. Desde que anunciou sua pré-candidatura, o deputado e também presidente estadual do União Brasil deixou claro que não teria uma candidatura de oposição, mas as suas conversas estiveram concentradas até recentemente com nomes contrários ao governador Renato Casagrande (PSB). Entretanto, agora uma das hipóteses cogitadas é a ida dele e do partido para a coligação do governador.>
O outro caminho mais cotado para o União Brasil seria uma aliança com o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos). No entanto, a pré-candidatura de Musso ao governo do Estado também está sob especulação de ser rifada nas próximas horas. Cogita-se, até mesmo, que ele possa fazer composição como vice do ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD). Com isso, várias possibilidades passaram a ser discutidas e ventiladas. >
Quando foi eleito deputado federal em 2018, Rigoni estava filiado ao PSB. Apesar de ter defendido, em suas falas e na propaganda partidária, a renovação do ciclo político que já dura 20 anos de revezamento entre o ex-governador Paulo Hartung (sem partido) e Renato Casagrande, o deputado do União Brasil nunca fez críticas pessoais ao atual governador.>
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Além disso, na nota em que divulgou a sua saída da disputa ao governo, Rigoni fez questão de ressaltar que "na política, temos que ter a humildade e a sensibilidade de saber qual é o momento certo para colocarmos um projeto em prática", ao falar da sua defesa de um novo ciclo político.>
Ao destacar que "o momento atual é de amadurecimento do projeto" e que um novo ciclo político depende de novas lideranças e um novo projeto de desenvolvimento, Rigoni deu ênfase ao interesse de alçar voos mais altos, mas somente daqui a alguns anos. Por enquanto, vai tentar se manter no Congresso Nacional.>
Contudo, a pergunta que ainda aguarda resposta no meio político é: para onde ele levará o partido que comanda, com todo o seu tempo de TV e recursos do fundão eleitoral? Oficialmente as lideranças do União Brasil não confirmam a possibilidade de apoio a Casagrande. Nos bastidores, a ida de Rigoni e do seu partido para a coligação do governador, que já reúne 10 partidos, foi a opção mais cogitada.>
Diante desse cenário incerto, porém, nenhuma hipótese está completamente descartada. Em nível nacional, o União Brasil tem a pré-candidatura a presidente do deputado federal Luciano Bivar. O partido é resultado da fusão entre DEM e PSL, sendo que a primeira sigla estava no arco de aliados de Casagrande, enquanto a segunda abrigou no Estado a principal candidatura de oposição a Casagrande em 2018, a do ex-deputado federal Carlos Manato (atualmente no PL). >
Com isso, até o apoio ao PSD do ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon ou uma aliança com o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) não estão descartadas. Uma decisão está prevista para ser anunciada nesta quinta-feira (28), mas a convenção do partido está marcada para a próxima terça-feira, 2 de agosto. Até lá, o partido ainda pode fazer novas negociações.>
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