Publicado em 8 de novembro de 2019 às 20:03
Com base no mais recente entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre prisão após segunda instância, a desembargadora Elisabeth Lordes, do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) na noite desta sexta-feira (08), expediu alvarás de soltura para os sete condenados em processo de 2003 referentes ao "Esquema das Associações" da Assembleia Legislativa. >
Os mandados de prisão haviam sido expedidos em 17 de outubro. Contudo, apenas três deles foram presos. O ex-presidente da Assembleia José Carlos Gratz e outras três pessoas eram considerados foragidos. Com a expedição de alvarás de soltura, elas não podem mais ser capturadas pelas autoridades.>
Dos três presos, o procurador Flávio Nogueira havia obtido um habeas corpus do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, quatro dias após ser detido. Apenas os irmãos André e Cézar Augusto Nogueira seguiam presos até esta sexta. >
"Em observância ao que restou decidido pelo Excelso Supremo Tribunal Federal, na data de ontem (quinta) (...) revogo as ordens de prisão em relação a todos os réus para os quais foi decretada nestes autos", diz trecho da decisão, reproduzida nos alvarás de soltura. >
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O processo é referente ao desvio de R$ 4,1 milhões da Assembleia para a Lineart - empresa da família Nogueira usada como "lavanderia" de recursos desviados do Legislativo, entre 1999 e 2002 - e a primeira em ação penal sobre o "Esquema das Associações".>
O esquema funcionava mediante simulação de pagamentos a entidades diversas, tais como associações, igrejas, sindicatos. Segundo investigações da Receita Federal, foram desviados, ao todo, R$ 26,7 milhões da Assembleia. Cheques supostamente destinados a essas entidades, eram depositados em contas de beneficiários do esquema.>
A denúncia criminal foi oferecida em 2003. A condenação em primeiro grau foi aplicada em julho de 2011. Em março de 2018, a condenação foi mantida pelo TJES. Com base no entendimento do STF que vigorava até esta quinta, e permitia a execução provisória da pena após condenação em segunda instância, o grupo teve ordens de prisão de decretada.>
Agora, eles vão continuar respondendo em liberdade ao processo que já tramita há 16 anos.>
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