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Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 12:05
- Atualizado há 4 anos
Nesta quarta-feira (5) a Câmara de Vereadores de Colatina vota seis projetos de lei enviados pelo prefeito do município, Guerino Balestrassi (PSC). O pacote inclui propostas de reajuste dos salários dos servidores efetivos e de comissionados da prefeitura, incluindo secretários municipais. A revisão geral terá um impacto anual de R$ 13.850.141,73 nas despesas da administração.>
Um dos projetos prevê o aumento da remuneração de secretários municipais em mais de 100%. Com o salário atual de R$ 4.096, os profissionais passarão a receber R$ 8.600 já a partir de janeiro, caso o projeto seja aprovado. >
Outro projeto que também será votado pela Câmara é o reajuste dos servidores municipais efetivos. A proposta de aumento é de 6% nos salários, a partir de fevereiro. >
Para o diretor jurídico do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Colatina e Governador Lindenberg (Sispmc), Décio Rezende, o valor não é suficiente para repor a defasagem salarial da categoria, que está desde 2017 sem reajuste.>
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“Estamos há quatro anos esperando por esse reajuste. Chama a atenção o aumento exorbitante nos salários dos secretários, enquanto os servidores vão receber um reajuste de apenas 6%. Aumento que sequer recupera a inflação do ano de 2021, que foi de 17%. Até o salário mínimo teve um reajuste maior, de 10%”, afirma.>
Proposta prevê a revisão dos valores de remuneração do funcionalismo público e o incremento de 6% nos salários dos servidores efetivos.
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A proposta de revisão de 6% vale também para pensionistas, servidores do quadro do Poder Legislativo, Prefeito, Vice-Prefeito Municipal e Vereadores, a Autarquia do Serviço Colatinense de Saneamento Ambiental (Sanear), e até mesmo para os comissionados, que estão na outro projeto de reajuste, segundo o texto do Projeto de Lei 01/2022.>
De acordo com a Prefeitura, a revisão que aumenta o salário dos cargos comissionados tem o objetivo de adequar Colatina à realidade de municípios com quantitativo populacional e arrecadação per capita semelhante no Estado. A pesquisa comparou as remunerações com os municípios de Aracruz, Linhares e Itapemirim.>
O relatório, anexado ao Projeto de Lei Complementar 03/2022, afirma que foi encontrado uma “defasagem dos valores dos vencimentos dos cargos em comissão”:>
“Assim, é possível considerar que os patamares de vencimentos dos cargos comissionados da administração direta do município de Colatina/ES não encontram-se em patamares interessantes e atrativos. A literatura já demonstrou fartamente que a remuneração tem impacto direto no aproveitamento mais assertivo dos servidores, desenvolvimento de competências necessárias, melhoria da motivação e produtividade, sentimento de equidade e valorização profissional, diminuição do absenteísmo e da rotatividade de pessoas, retenção de colaboradores considerados talentos na organização, clima organizacional mais favorável e auxílio na construção e na implementação das políticas.”>
A proposta, enviada para a Câmara Municipal pelo pelo prefeito Guerino Balestrassi (PSC), prevê a readequação dos salários dos cargos em comissão. Se aprovada, a revisão terá um impacto anual de R$ 13.850.141,73 nas despesas da administração.
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Secretário Municipal
A apresentação do projeto, de acordo com a Prefeitura, só foi possível ser feito agora, com o fim da vigência da Lei Federal nº 173 (Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus), que impedia as administrações municipais de realizar qualquer aumento de despesa. >
Além da readequação dos salários dos cargos em comissão e o reajuste de 6% , foram enviados outros quatro Projetos de Lei para a Câmara, que serão votados nesta quarta, a partir das 16 horas. Os projetos são:>
O diretor jurídico do Sispmc afirma que o Sindicato está se mobilizando para alterar a proposta e impedir que o aumento seja aprovado. “Somos contra a forma que o aumento para secretários e outros comissionados foi colocado. Isso vai gerar um impacto muito grande nas despesas do município, e impede que as propostas que foram enviadas pelo Sindicato, que atendem os servidores efetivos, sejam aprovadas. Estamos tentando dialogar com a Prefeitura e com os vereadores para impedir a aprovação”, conclui. >
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