Depois da morte do universitário Filippe Khroling, de 24 anos, o suspeito de ter vendido a droga mexicana identificada como mescalina em rave de Guarapari pode responder também por homicídio, além de tráfico de drogas, segundo o delegado Diego Bermond, titular da Delegacia Especializada de Narcóticos. O jovem morreu nesta segunda-feira (21), depois de ficar internado em estado grave desde o dia (13), por overdose, no Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha.
De acordo com a Polícia Civil, o caso segue sob investigação no Departamento Especializado de Narcóticos (DENARC). A polícia informou também que amostras do entorpecente e de sangue das vítimas foram encaminhadas para análise e o delegado aguarda os resultados dos exames.
Segundo a polícia, testemunhas estão sendo ouvidas. Por meio de investigações, a polícia já tem pistas de quem é o suspeito, porém, detalhes não serão passados para não atrapalhar as investigações.
A polícia destacou ainda que, até o resultado dos laudos ficarem prontos, não será possível dizer quais componentes faziam parte da composição da mescalina.
No último sábado (12), três jovens foram internados a pós o consumo de uma droga popularmente conhecida como mescalina. O fato aconteceu durante uma festa rave em Guarapari. Dois deles receberam alta e o universitário Filippe Khroling, 24 anos, morreu na tarde desta segunda-feira (21) após passar nove dias internado. Na última sexta-feira (18), a mãe de Fillipe disse que o rim do filho dela parou de funcionar imediatamente após ele ter consumido o entorpecente.
O médico João Chequer, especialista em dependência química e saúde mental, explicou que a mescalina tem efeito rápido e devastador para quem a utiliza. "Essa substância sintética tem efeito similar ao causado pelo LSD e outras drogas sintéticas. Ela é obtida de um cacto, o peiote, encontrado em desertos do México. O uso dela provoca alucinações imediatas em quem a usa. É muito perigosa e pode levar até a morte em caso de overdose aguda", salientou o médico.
Em entrevista à reportagem de A Gazeta, o delegado Fabrício Dutra afirmou que a polícia foi acionada para fazer um levantamento inicial e também as investigações do que ocorreu nessa festa, onde inicialmente 12 jovens ficaram intoxicados com uso de uma substância entorpecente nova.
Segundo o delegado, a polícia irá identificar quem são os jovens intoxicados. "Agora nós vamos identificar todos, verificar todas as informações. O fato, de imediato, para que a gente possa nas investigações identificar quem autorizou essa festa, quem realizou essa festa, qual traficante operou nessa festa, para que as investigações cheguem ao bom termo e a gente possa imediatamente tirar essa droga de circulação".
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