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Soldado da PM é preso por suspeita de tráfico de drogas no ES

Soldado da PM é preso por suspeita de tráfico de drogas no ES

A prisão é resultado de uma investigação da Delegacia de Marataízes, que contou com apoio da força policial da Grande Vitória

Publicado em 6 de junho de 2020 às 13:45

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Material apreendido pela Polícia Civil durante operação em Vitória. (Divulgação/PCES)

Um soldado da Polícia Militar foi preso nesta sexta-feira (06) no bairro Itararé, em Vitória, por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Além do militar, um homem que não teve a identidade revelada foi preso. Com eles, foram encontrados quatro tabletes de maconha, uma pistola calibre 380 e munição.

Segundo informações da TV Gazeta, o soldado foi identificado como Aurélio Coutinho, o mesmo policial que se envolveu em uma confusão em dezembro de 2019, quando foi flagrado gritando e ameaçando sacar a arma depois de uma briga de trânsito.

Aurélio Coutinho, PM preso por suspeita de tráfico de drogas
Aurélio Coutinho, PM preso por suspeita de tráfico de drogas. (TV Gazeta)

O Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e unidades apoiaram o cumprimento de mandados de busca e apreensão realizados pela Delegacia de Marataízes. Não foram informados detalhes sobre a operação. Os suspeitos foram conduzidos ao DHPP e autuados por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e encaminhados para o presídio.

Por nota, a Polícia Militar informou que a Corregedoria acompanhou a situação e que o soldado está no presídio do Quartel da Corporação, em Maruípe, na capital.

“Todos os trâmites foram realizados dentro da legalidade e transparência. A PMES não compactua com esse tipo de comportamento e lamenta o fato ocorrido. Não temos as informações relativas a outros processos que ele responde e nem da situação em que se encontrava no momento, visto que dependemos de expediente administrativo para buscarmos tais dados", diz a nota enviada pela Corporação.

CONFUSÃO E TIROS EM VITÓRIA

Em dezembro de 2019, o soldado, que estava de folga e sem farda, entrou em luta corporal contra um homem após uma discussão de trânsito na região do bairro Santa Martha, em Vitória. Durante a briga, a arma do PM caiu no chão e um amigo, que estava no carro com Aurélio, pegou a arma e deu dois disparos para o alto. Ninguém foi atingido. Tudo foi filmado.

Inicialmente, as imagens mostram o soldado discutindo duramente com o outro envolvido na briga. Em um determinado momento, o militar provoca: "Você quer que eu puxo e atiro? É isso que você quer? Fala então: 'puxa e atira'". No vídeo, não é possível ouvir a resposta do outro homem, mas, logo em seguida, o PM ameaça puxar a arma e atirar. Foi nesse instante que os dois entram em luta corporal e arma do militar cai.

Na Serra, o militar discutiu com um casal de idosos após alegar que teria sido fechado por eles na Rodovia ES 010, em Jacaraípe, no dia 8 de novembro do ano passado. O idoso, de 72 anos, foi conduzido e detido na 3ª Delegacia Regional. No local, o filho do casal de idosos gravou um vídeo do PM, após a briga de trânsito com os pais dele. 

PM TIROU 353 DIAS DE LICENÇA MÉDICA EM TRÊS ANOS

Em reportagem publicada em 5 de dezembro de 2019, A Gazeta apurou que o soldado da Polícia Militar Luiz Aurélio Coutinho Junior tirou 353 dias de licença médica desde que ingressou nos quadros da PM do Espírito Santo, em 2015. A informação estava disponível no Portal da Transparência do Governo do Estado.

Entre a primeira licença médica concedida, em setembro de 2016, e a última — até a data da reportagem de 2019 — havia um intervalo de três anos e dois meses. Neste período, o militar teve quase um ano inteiro de ausência do trabalho por licença médica. Foram 353 dias fora da corporação por conta de atestados. À época da reportagem, o militar havia apresentado novo atestado, de 15 dias, para tratamento psicológico.

Em consulta realizada neste sábado (6), o Portal da Transparência informa que o militar tirou 319 dias de licença, número inferior ao que era mostrado em dezembro de 2019. A reportagem demandou a Polícia Militar e o Governo do Estado para entender o que motivou a redução. Assim que um retorno for dado, essa publicação será atualizada.

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