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Reincidente, PM envolvido em briga pode até ser expulso da corporação

Reincidente, PM envolvido em briga pode até ser expulso da corporação

Desde 2015, o soldado Luiz Aurelio Coutinho Junior já teve três procedimentos abertos pela Corregedoria, contando com a briga de trânsito que terminou em disparos na última sexta-feira, em Vitória

Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 13:56

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Soldado Aurélio, da PMES. (Reprodução/TV Gazeta)

Desde 2015 na Polícia Militar, o soldado Luiz Aurelio Coutinho Junior, envolvido em uma briga de trânsito que terminou em disparos de arma de fogo para o alto, já teve três procedimentos abertos pela Corregedoria, contando com este episódio recente. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (5), no Quartel Geral da PM em Maruípe, Vitória.

Segundo o corregedor da Polícia Militar, coronel Haroldo Magalhães, o regimento da PM prevê a possibilidade de abertura de um processo demissionário caso um militar se envolva em muitos casos para apuração da corregedoria.

"A gente não faz um acompanhamento específico das pessoas. A gente soluciona os casos que vêm acontecendo. Quando um policial militar se envolve em vários casos, o conjunto pode gerar, em algum momento, um processo demissionário. Nosso regulamento prevê", disse.

O soldado apresentou à Polícia Militar um atestado médico de 15 dias, na manhã desta quinta-feira (5), para tratamento psicológico. Segundo a Corregedoria, o documento vai ser analisado pela Junta Militar de Saúde para checar e entender os motivos do pedido afastamento. Depois dessa análise, que deve durar de 15 a 20 dias, a Corregedoria vai informar se o policial estará apto para responder ou não ao procedimento administrativo.

Além do episódio da última sexta-feira no bairro Santa Marta, em Vitória, o soldado possui outros dois procedimentos abertos na corregedoria. Um deles é sobre a prisão do repórter Vinicius Arruda, do Metro Jornal, em julho de 2017. Vinícius foi detido após filmar uma abordagem que Aurélio e outros militares faziam a suspeitos de terem assediado uma mulher dentro do ônibus, em Jardim da Penha, Vitória.

O soldado aparece no vídeo ordenando que o repórter entregue seu RG e seu crachá. “Estou te dando uma ordem legal. Me apresenta o seu documento de identidade e o seu crachá. Se o senhor não obedecer a ordem dada, nós vamos algemar o senhor por desobediência. Isso é uma ordem policial”.

Sobre o terceiro procedimento, o coronel disse não ter detalhes. No entanto, após a divulgação da imagem do policial brigando em Vitória, outro caso envolvendo o nome dele apareceu. De acordo com informações da TV Gazeta, o soldado Aurélio também já foi denunciado à Corregedoria da Polícia Militar em função de uma confusão com um idoso de 72 anos e a esposa. O corregedor não informou se este caso se trata de um procedimento já aberto. A reportagem também aguarda o retorno desta informação.

Sobre os procedimentos citados na coletiva, o corregedor da PM afirmou não ter informações sobre o resultado dos mesmos. A reportagem solicitou a resposta e esta matéria será atualizada assim que houver um retorno.

Ainda sobre a confusão na última sexta-feira, o coronel afirmou que a pessoa que efetuou os disparos ainda não foi identificada. A arma do policial foi recolhida e ficará a disposição da corregedoria durante às investigações.

"A gente ainda não tem identificação da pessoa que estava com ele, que fez aqueles disparos. Isso é um trabalho a ser executado. A arma foi recolhida e vai aguardar os próximos passos agora", disse.

A Polícia Civil foi questionada sobre as investigações do fato e identificação da pessoa que aparece no vídeo. Por nota, informou que "o caso foi encaminhado para apuração na Corregedoria da Polícia Militar, e caso a instituição constate que existe crime comum relacionado ao fato, a Polícia Civil será comunicada e dará continuidade à investigação. Até o momento, o procedimento não foi reencaminhado à Polícia Civil".

O QUE FOI QUESTIONADO E AINDA FALTA SER RESPONDIDO PELA PM

- O resultado dos outros procedimentos respondidos pelo soldado

O OUTRO LADO

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A reportagem procurou o soldado por meio da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros do Espírito Santo (ACS). A entidade informou que o sócio não autorizou passar nenhuma informação sobre ele ou sobre o caso.

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