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Publicado em 12 de novembro de 2025 às 17:34
Cinco pessoas foram presas em São Paulo por furtarem o depósito da empresa Boticário em Chácara Parreiral, na Serra. A quadrilha, segundo a Polícia Civil, é especializada em crimes interestaduais e causou um prejuízo que ultrapassou R$ 1 milhão no dia 2 de março, quando o furto ocorreu. A prisão dos integrantes da quadrilha aconteceu no dia 24 de outubro, porém a divulgação das prisões foi realizada somente nesta quarta-feira (12), em coletiva de imprensa da Polícia Civil.>
Além do quinteto, uma sexta pessoa envolvida, identificada como Alexander Andreazzi, de 28 anos, apontado como responsável por negociar o material furtado, segue foragido. >
O grupo é assíduo nesse tipo de crime, conforme o chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), o delegado Gabriel Monteiro, e já cometeu a mesma ação em Minas Gerais e no Estado paulista. Para conseguir realizar todo o processo, eles usaram um caminhão e mais quatro veículos. Confira quem são os presos (veja fotos acima):>
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"Agora, as investigações seguem para identificar as pessoas que receptam e revendem os produtos furtados. Essa organização é altamente qualificada, atua de forma coordenada e não se envolve com outros crimes, apenas com furtos de alto valor", disse Monteiro.>
As investigações contaram com apoio da Polícia Rodoviária Federal para identificar os veículos envolvidos e estavam com placas clonadas. A partir da colaboração e de imagens de câmera de segurança de ruas no entorno, a polícia descobriu como agiram os seis.>
No dia 22 de fevereiro, seis dias antes do furto, um Toyota Corolla e um Ford Ka rondaram o local. Neles, conforme o titular da Deic, estavam suspeitos para fazer levantamento da área. O plano sempre é colocado em prática aos finais de semana, quando há menos vigilância. >
Para levar todos os cosméticos e perfumes da marca, os seis utilizaram um caminhão e outros dois automóveis. “Um dos criminosos (Vinicius) cortou a energia do poste da rua, aguardando que os vigilantes fossem ao local. Os vigilantes foram, mas não detectaram nada. Eles não viram a movimentação do caminhão e dos veículos usados no furto, apenas foram verificar a situação e foram embora”, disse Monteiro.>
O chefe do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP) e coordenador da Core, delegado Ricardo Almeida, detalhou ainda que eles picharam as câmeras, interromperam o sistema de monitoramento do local e de casas vizinhas, cortando a fiação. >
“O profissionalismo do grupo mostra que estamos lidando com uma associação criminosa altamente treinada para furtos qualificados”, descreveu Almeida.>
Na casa dos suspeitos estavam diversos produtos lacrados do Boticário e de outras marcas. Por isso, a corporação acredita que existam receptadores dos produtos. A polícia ainda crê que o dinheiro seja revertido para o crime. >
“O modo de agir desse tipo de quadrilha é bastante estruturado. Agora, entramos em uma segunda etapa da investigação para apurar o envolvimento de organizações que trabalham com franquias, postos de combustíveis e depósitos, que acabam recebendo produtos furtados e revendendo-os de forma clandestina. O dinheiro é revertido para o crime de maneira disfarçada. É uma organização que atua em vários estados do país”, explicou o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda.>
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