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Quadrilha de SP é presa suspeita de furto milionário de perfumes e cosméticos na Serra

Quadrilha de SP é presa suspeita de furto milionário de perfumes e cosméticos na Serra

Cinco foram presos e um segue foragido após crime cometido em Chácara Parreiral, na Serra; grupo era especialista neste tipo de ação criminosa

Mikaella Mozer

Repórter / [email protected]

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 17:34

O grupo foi preso em São Paulo no dia 24 de outubro, mas o crime aconteceu em 2 de março.

Cinco pessoas foram presas em São Paulo por furtarem o depósito da empresa Boticário em Chácara Parreiral, na Serra. A quadrilha, segundo a Polícia Civil, é especializada em crimes interestaduais e causou um prejuízo que ultrapassou R$ 1 milhão no dia 2 de março, quando o furto ocorreu. A prisão dos integrantes da quadrilha aconteceu no dia 24 de outubro, porém a divulgação das prisões foi realizada somente nesta quarta-feira (12), em coletiva de imprensa da Polícia Civil.

Além do quinteto, uma sexta pessoa envolvida, identificada como Alexander Andreazzi, de 28 anos, apontado como responsável por negociar o material furtado, segue foragido. 

O grupo é assíduo nesse tipo de crime, conforme o chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), o delegado Gabriel Monteiro, e já cometeu a mesma ação em Minas Gerais e no Estado paulista. Para conseguir realizar todo o processo, eles usaram um caminhão e mais quatro veículos. Confira quem são os presos (veja fotos acima):

  • Francisco Alves Isidoro, de 26 anos;
  • Hemerson Oliveira Silva, de 28; 
  • Alexsandra Cardoso de Oliveira, de 46 anos; 
  • Vinicius Farias Primo Nobre, de 37 anos (líder da organização); 
  • Caroline Nobre da Silva Farias, de 36 anos (esposa de Vinicius).

Francisco Alves Isidoro, de 26 anos, Hemerson Oliveira Silva, de 28, Alexsandra Cardoso de Oliveira, de 46 anos, Vinicius Farias Primo Nobre, de 37, anos (líder da organização) e Caroline Nobre da Silva Farias, de 36,(esposa de Vinicius)
Francisco Alves Isidoro, de 26 anos, Hemerson Oliveira Silva, de 28, Alexsandra Cardoso de Oliveira, de 46 anos, Vinicius Farias Primo Nobre, de 37, anos (líder da organização) e Caroline Nobre da Silva Farias, de 36,(esposa de Vinicius) Crédito: Divulgação | Polícia Civil

"Agora, as investigações seguem para identificar as pessoas que receptam e revendem os produtos furtados. Essa organização é altamente qualificada, atua de forma coordenada e não se envolve com outros crimes, apenas com furtos de alto valor", disse Monteiro.

Sem energia e pichação

As investigações contaram com apoio da Polícia Rodoviária Federal para identificar os veículos envolvidos e estavam com placas clonadas. A partir da colaboração e de imagens de câmera de segurança de ruas no entorno, a polícia descobriu como agiram os seis.

No dia 22 de fevereiro, seis dias antes do furto, um Toyota Corolla e um Ford Ka rondaram o local. Neles, conforme o titular da Deic, estavam suspeitos para fazer levantamento da área. O plano sempre é colocado em prática aos finais de semana, quando há menos vigilância.

Para levar todos os cosméticos e perfumes da marca, os seis utilizaram um caminhão e outros dois automóveis. “Um dos criminosos (Vinicius) cortou a energia do poste da rua, aguardando que os vigilantes fossem ao local. Os vigilantes foram, mas não detectaram nada. Eles não viram a movimentação do caminhão e dos veículos usados no furto, apenas foram verificar a situação e foram embora”, disse Monteiro.

Alexander Andreazzi, de 28 anos, está foragido e é suspeito de participar do crime de furto à depósito da Boticário na Serra
Alexander Andreazzi, de 28 anos, está foragido e é suspeito de participar do crime de furto à depósito da Boticário na Serra Crédito: Divulgação | Polícia Civil

O chefe do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP) e coordenador da Core, delegado Ricardo Almeida, detalhou ainda que eles picharam as câmeras, interromperam o sistema de monitoramento do local e de casas vizinhas, cortando a fiação.

“O profissionalismo do grupo mostra que estamos lidando com uma associação criminosa altamente treinada para furtos qualificados”, descreveu Almeida.

Revenda 

Na casa dos suspeitos estavam diversos produtos lacrados do Boticário e de outras marcas. Por isso, a corporação acredita que existam receptadores dos produtos. A polícia ainda crê que o dinheiro seja revertido para o crime. 

Polícia Civil de São Paulo apreendeu os produtos da Boticário furtados de depósito da empresa na Serra. Embalagens de outras marcas também foram encontradas
Polícia Civil de São Paulo apreendeu os produtos do Boticário furtados de depósito da empresa na Serra Crédito: Divulgação | Polícia Civil

“O modo de agir desse tipo de quadrilha é bastante estruturado. Agora, entramos em uma segunda etapa da investigação para apurar o envolvimento de organizações que trabalham com franquias, postos de combustíveis e depósitos, que acabam recebendo produtos furtados e revendendo-os de forma clandestina. O dinheiro é revertido para o crime de maneira disfarçada. É uma organização que atua em vários estados do país”, explicou o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda.

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