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Polícia prende segundo enteado envolvido na morte de caminhoneiro em Fundão

Polícia prende segundo enteado envolvido na morte de caminhoneiro em Fundão

Cláudio Bernardo da Silva, de 58 anos, foi encontrado em uma cova funda com as mãos e pés amarrados na Barra do Jucu, em Vila Velha

Publicado em 12 de abril de 2025 às 21:04

 Cláudio Bernardo da Silva, de 58 anos, foi levar a esposa no trabalho e nunca mais foi visto. Um homem foi presos suspeito de envolvimento com o crime. Outro suspeito segue desaparecido.

Foi preso neste sábado (12) o segundo envolvido na morte do caminhoneiro Cláudio Bernardo da Silva, de 58 anos, em Fundão, ocorrido em março deste ano. Tiago dos Santos Malaquias, de 38 anos, foi preso em Vila Velha. Ele era enteado da vítima e estava foragido.

A prisão foi confirmada nas redes sociais do titular da Delegacia de Polícia de Fundão, delegado Leandro Sperandio. Segundo o delegado, Tiago foi preso por policiais militares em Vila Velha.

O crime aconteceu no dia 4 de março dentro da casa de praia da família, em Praia Grande, Fundão, onde eles passavam o feriado de carnaval. O corpo de Cláudio foi encontrado enterrado no dia 19 de março, na praia de Barra do Jucu, limite com o bairro Praia dos Recifes, em Vila Velha.

O outro envolvido na morte do caminhoneiro, Pablo dos Santos Malaquias, de 31, irmão de Tiago, havia sido preso no mesmo dia, após ser encontrado dentro do carro de Cláudio. Segundo informações da Polícia Civil, há anos os irmãos tinham desavenças com o caminhoneiro por causa de dinheiro.

Pablo dos Santos Malaquias e Tiago dos Santos Malaquias são suspeitos pela morte do padrasto Cláudio Bernardo da Silva, de 58 anos.
Pablo dos Santos Malaquias e Tiago dos Santos Malaquias são suspeitos pela morte do padrasto Cláudio Bernardo da Silva, de 58 anos Crédito: Divulgação | Polícia Civil

O que motivou o crime?

De acordo com a polícia, Tiago ameaçava a mãe. Ele era usuário de drogas, queria sempre dinheiro e coagia a mãe. Pablo também entrava nas brigas. A vítima sempre intervia, não permitindo e discordando da forma como os filhos tratavam a esposa dele. Cláudio, inclusive, havia expulsado os dois de casa.

Conforme a corporação, Tiago ainda acreditava que a mãe e Cláudio haviam roubado parte da herança dele, após o pai dele morrer. Porém, segundo as investigações, o dinheiro já tinha sido dividido em partes iguais e Tiago havia gastado tudo em drogas. A PC contou que os dois têm passagens pela polícia por posse de arma, latrocínio, agressão contra mulher e homicídio. Pablo, quando preso, estava foragido do sistema prisional. 

Como aconteceu o crime?

Às 23h do dia 3 de março, Cláudio levou a esposa para trabalhar no asilo em Praia Grande. Ao voltar para casa, ficou com alguns parentes que curtiram o dia de feriado com o casal. Uma hora depois, já no dia 4, o motorista, junto de Pablo, levou o grupo para a residência onde estavam ficando, a 100 metros da casa de Cláudio. Ao voltar para a residência, ele foi morto pelos dois.

Como o corpo foi escondido?

Depois de assassinarem o padrasto, Tiago e Pablo colocaram o corpo no porta-malas do carro de Cláudio. A dupla dirigiu até Guarapari, mas não encontrou um local para desova. Eles então retornaram para Barra do Jucu, em Vila Velha, onde enterraram a vítima em um cova funda. “Foi complicado até para a equipe de cães encontrar. O local fica na Região 5, onde os dois já comandaram o tráfico quando mais novos. Os dois, depois do crime, esconderam o carro em Fundão”, frisou a PC.

Como os enteados se tornaram suspeitos?

A mãe dos dois chegou em casa após o trabalho, no dia 5 de março, e não encontrou o marido. Ela questionou os filhos, que afirmaram não terem conhecimento sobre onde estaria o padrasto. A mulher então registrou o boletim de ocorrência sobre o desaparecimento, já que ele não estava em Vila Velha, onde a família mora, e nem em Fundão. Ao montar uma barreira para monitoramento, a polícia identificou o carro sendo dirigido por Pablo. No veículo havia manchas de sangue. 

Qual a causa da morte?

A causa da morte ainda é indeterminada. Como se passaram 15 dias entre o assassinato e a localização do corpo, não foi possível definir. A Polícia Científica afirma que não foi por tiro. O que se sabe é que as mãos e pernas de Cláudio estavam amarradas, e no pescoço também havia um pano amarrado. O sangue de Cláudio estava no carro e na casa.

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