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Polícia prende dois suspeitos de matar metalúrgico em Cariacica

Polícia prende dois suspeitos de matar metalúrgico em Cariacica

As prisões foram realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica nesta sexta-feira (06) durante uma operação policial. Na época do crime, a família da vítima chegou a falar que acreditava em execução

Publicado em 6 de março de 2020 às 16:05

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Fábio Ribeiro, de 57 anos, tinha saído de casa para negociar um terreno. (Reprodução)

Estão na cadeia os dois suspeitos de matar o  metalúrgico Fábio Ribeiro, de 57 anos, no dia 21 de janeiro, em Roda D'água, Cariacica. As prisões foram realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica nesta sexta-feira (06), durante uma operação policial. Na época do crime, a família da vítima chegou a falar que acreditava em execução, já que nenhum objeto de valor foi levado. 

ENTENDA O CASO

O metalúrgico Fábio Ribeiro, de 57 anos, foi assassinado a tiros no dia 21 de fevereiro. Ele era um dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal) e, apesar de aposentado, ainda atuava na profissão. O corpo foi encontrado em Roda D'água, Cariacica. Já o veículo da vítima, uma picape, só foi localizada no dia 22, na mesma região.

A família afirma que Fábio tinha ido negociar um terreno quando foi morto com dois tiros na cabeça. Como foi localizado com todos os pertences, familiares não acreditam em assalto e falam em execução. A mulher da vítima, a dona de casa Carla Cristina Ferreira Ramalho Ribeiro, de 42 anos contou como foram os últimos momentos com o marido.

"Ele só comentou às 12 horas que estava indo em Roda D'Água fazer uma negociação de terreno. Que faria uma troca de um sítio em um terreno que nós temos em Piranema e que o rapaz ia botar R$ 30 mil, mais um Pálio. E ele estava indo pra ver se valia a pena fazer a negociação. Eu fiquei preocupada porque é um lugar longe e eu não sei quem é esse cara. Mas ele disse pra eu ficar tranquila que estava indo com um amigo. Eu não sei quem são essas pessoas", afirmou.

Carla contou que após as 14 horas o marido não atendeu mais as ligações. Só às 18 horas ela conseguiu falar pelo telefone com um policial, que a informou que o aparelho do metalúrgico estava junto ao corpo de um homem que não tinha documentos, em Roda D'Água.

A dona de casa Carla Cristina Ferreira Ramalho Ribeiro, 42 anos, mulher da vítima, acredita em execução. (Elis Carvalho)

"Um policial atendeu dizendo que tinha um corpo sem identificação e eu fui até o DML. O policial que em atendeu disse que ele estava celular no bolso e relógio no pulso. Mas sem o carro. O carro só foi localizado dia 22, jogado em uma ribanceira, lá mesmo em Roda D'Àgua. Os pertences e documentos estavam no carro. Então a gente não acredita em assalto, a gente acredita em execução com emboscada", afirmou.

Além da esposa, com quem viveu por dez anos, Fábio deixa quatro filhas. Ele era morador do bairro Santa Cecília, em Cariacica, e conhecido por ser um homem trabalhador e bom pai.

FILHA AINDA CHAMA PELO PAI: "ACORDA ELE"

Na última quinta-feira (05), treze dias após o crime, a reportagem divulgou uma entrevista com a mulher da vítima, que contou que, para a família, a ficha ainda não caiu. A filha do casal, de 7 anos, ainda tem dificuldades para dormir e chora chamando pelo pai.

"Não está sendo fácil. Quando chega a noite, que é quando ele chegava em casa, ainda sinto como se ele fosse entrar pela porta. Se o telefone toca, eu acho que é ele me ligando. Nossa filha ainda chora e acorda de madrugada chamando pelo pai. Ela pede: 'Acorda ele, faz ele voltar'. É muito difícil. Foi um crime brutal e covarde. Eu já não como não durmo, perdi quatro quilos... Vejo minha filha sofrer e sofro o dobro", lamentou. 

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