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Filha de metalúrgico morto chama pelo pai: 'Acorda ele, faz ele voltar'

Filha de metalúrgico morto chama pelo pai: "Acorda ele, faz ele voltar"

O corpo de Fábio foi localizado em Roda D'água, Cariacica, quando ele foi fazer a negociação de um terreno, no dia 21 de fevereiro. Para os familiares, a ficha ainda não caiu

Publicado em 5 de março de 2020 às 12:36

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Fábio Ribeiro, de 57 anos, tinha saído de casa para negociar um terreno. (Reprodução)

Treze dias após o assassinato do metalúrgico Fábio Ribeiro, de 57 anos, o caso segue sendo investigado e nenhum suspeito foi preso. O corpo da vítima foi localizado em Roda D'água, Cariacica, após ele ir fazer a negociação de um terreno, no dia 21 de fevereiro. Para os familiares, a ficha ainda não caiu: "Nossa filha pede: acorda ele, faz ele voltar", desabafa  a mulher de Fábio, Carla Ribeiro.

Fábio Ribeiro era um dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal) e, apesar de aposentado, ainda atuava na profissão. A família afirma que Fábio tinha ido negociar um terreno no início da tarde do dia 21 quando foi morto com dois tiros na cabeça. Como foi localizado no fim do dia com todos os pertences, familiares não acreditam em assalto e falam em execução.  O veículo da vítima, uma picape, só foi encontrado no dia seguinte, jogado em uma ribanceira da mesma região.

"AINDA SINTO COMO SE ELE FOSSE ENTRAR PELA PORTA"

Muito abalada,  a mulher da vítima, a dona de casa Carla Cristina Ferreira Ramalho Ribeiro, de 42 anos, conversou com a reportagem. Ela contou que, para a família, a ficha ainda não caiu. A filha do casal, de 7 anos, ainda tem dificuldades para dormir e chora chamando pelo pai. 

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Não está sendo fácil. Quando chega a noite, que é quando ele chegava em casa, ainda sinto como se ele fosse entrar pela porta. Se o telefone toca, eu acho que é ele me ligando. Nossa filha ainda chora e acorda de madrugada chamando pelo pai. Ela pede: 'Acorda ele, faz ele voltar'. É muito difícil. Foi um crime brutal e covarde. Eu já não como não durmo, perdi quatro quilos... Vejo minha filha sofrer e sofro o dobro 

Carla Cristina Ferreira Ramalho Ribeiro
Dona de casa
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CELULAR DE VÍTIMA PASSA POR PERÍCIA

Procurada, a Polícia Civil informou que até o momento nenhum suspeito foi detido. "O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cariacica, e outras informações não serão repassadas para que a apuração dos fatos seja preservada".

A dona de casa Carla Cristina Ferreira Ramalho Ribeiro, 42 anos, mulher da vítima, acredita em execução. (Elis Carvalho)

Já a dona de casa Carla Cristina Ferreira Ramalho Ribeiro informou que o celular da vítima passou por perícia para tentar identificar as pessoas que ele foi encontrar quando foi assassinado.

"Eu prestei um novo depoimento (na terça, dia 3). A polícia afirma que há novidades, mas me pediram pra esperar um pouco. Acredito que a motivação tenha relação com a venda do terreno.  Tenho esperanças de que a justiça será feita o mais rápido possível", afirmou. 

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