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Paraguaia de roubo a apartamento em Vitória cometeu o mesmo crime no RJ

Paraguaia de roubo a apartamento em Vitória cometeu o mesmo crime no RJ

Crime ocorrido neste sábado (16), em apartamento da Mata da Praia, é semelhante ao que a denunciada participou em maio, no bairro Copacabana, Zona Sul carioca

Publicado em 17 de julho de 2022 às 19:07

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Tamara Romina Ramos Dimas, de 18 anos, presa após invadir e roubar apartamento em Vitória
Tamara Romina Ramos Dimas, de 18 anos, presa após invadir e roubar apartamento em Vitória. (Reprodução)

A paraguaia Tamara Romina Ramos Dimas, de 18 anos, presa por envolvimento no roubo de R$ 250 mil em um apartamento de Vitória, neste sábado (16), cometeu o mesmo crime no Rio de Janeiro e estava sendo procurada. A informação consta em um documento do Poder Judiciário do estado fluminense a que A Gazeta teve acesso.

As semelhanças entre as duas ocorrências começam pelo bairro. O ocorrido em Vitória foi em um prédio localizado em Mata da Praia, de alto padrão. No Rio de Janeiro, a invasão ocorreu em Copacabana, área nobre na Zona Sul carioca.

Consta no documento que Tamara Romina Ramos Dias e um comparsa danificaram a porta de entrada do apartamento em Copacabana, quando os moradores estavam ausentes, no dia 1º de maio de 2022. Eles estavam acompanhados de outros dois homens. Os materiais roubados também são semelhantes aos subtraídos dos moradores de Mata da Praia: notebook, 2 mil dólares, 1.600 euros, joias, relógio e caneta de ouro.

O relato presente no documento dá conta de que Tamara e os outros três envolvidos no crime na cidade carioca se deslocaram até o endereço alvo com um carro. O veículo foi flagrado pelo sistema de videomonitoramento analisado nas investigações no estacionamento de um hotel. O carro havia sido locado por um quinto indivíduo, um chileno, que acabou preso em flagrante. 

Os policiais, então, identificaram que na ficha de hóspedes constava o nome de Tamara e dos três indivíduos envolvidos no crime. Ficou constatado que dois desses três homens foram responsáveis pela condução do veículo, bem como pela vigilância do local, avisando caso houvesse a chegada dos moradores ou da presença de policiais pela localidade. Já Tamara e um comparsa foram os responsáveis por adentrar no prédio.

Devido a esse crime, Tamara e os três homens foram denunciados pelos crimes de furto qualificado, receptação e associação criminosa. Já o locatário do veículo foi preso por  receptação e uso de documento falso.

As investigações apontaram que a quadrilha de que Tamara participa tem atuação interestadual e, talvez, internacional, pois, além da mulher, há um chileno e outro paraguaio no grupo.

O locatário do carro usado pelos envolvidos no crime na cidade carioca foi preso em flagrante, teve a prisão convertida em preventiva e o pedido de habeas corpus negado. Já Tamara, evidenciou o juiz Salim Pimentel Elias, na audiência de custódia dela referente ao crime na Mata da Praia, era procurada no Rio de Janeiro, com um mandado de prisão preventiva válido até 17 de julho de 2042.

ENTENDA O ROUBO EM VITÓRIA

Uma família viveu momentos de terror em um apartamento na Mata da Praia, em Vitória, na tarde de sábado (16). Três criminosos invadiram a residência e agrediram duas mulheres e um homem. As vítimas chegaram a ser trancadas em um cômodo, enquanto os ladrões recolhiam pertences. Eles saíram de lá levando 20 mil dólares, 20 mil euros e 10 mil reais em espécie, além de R$ 30 mil em joias. A ação foi registrada por câmeras de videomonitoramento.

Segundo um familiar das vítimas, uma das mulheres atacadas era uma idosa, de 97 anos, que teve os dedos da mão quebrados após os bandidos arrancarem os anéis que ela usava no momento do crime, ocorrido em um prédio na Avenida Dante Michelini. Ela usava as joias há várias décadas, por isso não saíam com facilidade. Enquanto a agrediam a idosa, os criminosos também ameaçaram matá-la.

Já o morador levou um golpe com uma chave de fenda. A mulher de 97 anos estava no apartamento com a filha, de 59 anos, e o genro, que não teve a idade revelada pela polícia. Imagens das câmeras de segurança do edifício registraram a movimentação dos criminosos, uma mulher e dois homens.

A mulher chega primeiro ao endereço e entra com facilidade, fingindo ser uma moradora que havia saído para praticar exercícios. Depois de circular pelo prédio, retorna à portaria e pede liberação da entrada para o comparsa, que se passa por um amigo da criminosa.

Uma vez lá dentro, os dois arrombaram a porta do apartamento, utilizando um pé de cabra e uma chave de fenda, e renderam a idosa e a filha. Eles agrediram as vítimas e começaram a saquear o imóvel. Durante a ação, o genro da senhora, que estava dormindo, acordou com os barulhos e tentou brigar com os assaltantes, tendo sido perfurado com a chave de fenda.

Os dois criminosos fugiram do apartamento, enquanto os moradores gritavam “pega ladrão”. O porteiro, notando o que estava acontecendo, conseguiu alcançar a jovem de 18 anos, que é paraguaia. O outro bandido que invadiu o apartamento com ela conseguiu fugir pulando um muro.

A bolsa com o dinheiro e as joias foi atirada por cima do muro e levada por uma terceira pessoa, que estava dando suporte aos criminosos. Os dois homens fugiram antes da chegada da polícia.

No Boletim Unificado, a suspeita de invadir o apartamento foi identificada como Tamara Romina Ramos Dimas, de 18 anos. De acordo com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo, ela passou por audiência de custódia neste domingo (17), em Viana, onde teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva.

Em nota, a Polícia Civil informou que "até momento não houve registro de ocorrência com essas características entregue na Delegacia Regional de Vitória". A Polícia Militar foi questionada por detalhes, mas ainda não se manifestou. Esta matéria será atualizado quando houver resposta.

Errata Correção
18 de julho de 2022 às 11:10

A primeira versão da reportagem trazia a informação de que Tamara Romina Ramos Dimas já tinha sido presa, pelo mesmo crime, no Rio de Janeiro. No entanto, ela era procurada pela polícia e, na ocasião do crime cometido em Copacabana, não tinha sido localizada pelas autoridades. 

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