A quantia de quase R$ 1 milhão de reais em drogas foi apreendida durante a Operação Scutum, realizada na manhã desta quarta-feira (8), no Morro do Garrada, na Enseada do Suá, em Vitória. Os entorpecentes pertenciam a seis integrantes de uma organização criminosa que comanda a região. A informação foi divulgada pelo delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda em coletiva na tarde desta quarta.
O Morro, segundo a corporação, é referência em vendas de crack na Grande Vitória, mas outros tipos de narcóticos foram encontrados com os presos. Ao todo, estavam na residência dos presos: 1 sacola com cocaína, 700 pinos de cocaína, 31 porções de haxixe, 375 pinos de cocaína, 10 pedras de crack e 1 bucha de cocaína.
A apreensão ainda contabilizou 8 armas de fogo, caderno de anotações e caderneta financeira do grupo, carregadores de arma e cartuchos.
“Com as apreensões e prisões esperamos que a situação no local acalme. Com certeza mexeu com a organização e tornou mais difícil a articulação”, contou o superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Romualdo Gianordoli.
Na ação desta quarta, Israel Martins de Paulo, vulgo "Garotinho", e Marcos Moises de Souza Soares, conhecido como "Abóbora", que são respectivamente chefe e gerente do tráfico do Morro da Garrafa, foram presos.
Os dois fazem a gerência do local desde 2020, quando o Gabriel Augusto dos Santos, conhecido como Blake, um dos 15 mais procurados do Estado, fugiu para o Rio de Janeiro. Desde então, 'garotinho é quem comanda o Morro.
Além da dupla, outras quatro pessoas de cargos importantes na organização do grupo também foram presas, sendo eles: Marcos Henrique Marcelino Jesus Soares, vulgo "Magrão", Richard Soares da Silva, o "Mofai", Paulo César Martins e uma quarta pessoa que não teve a identidade revelada.
Gianordoli informou que o esperado com as prisões é que tenha queda nos crimes no local. “Enfim, a gente espera que isso repercuta no nível de criminalidade porque esses morros são unidos e eles atacam a grande Vitória toda. A gente espera que implique na diminuição dos crimes”, falou.
As prisões de hoje se somam às 579 pessoas já levadas a presídios por meio de investigações feitas pelo Centro de Inteligência e Análise Telemática (CIAT). O Ciat foi implantado em 2020, durante a pandemia da Covid-19, para auxiliar no combate a criminalidade e por onde são encontradas provas de criminosos em funções elevadas dentro de facções, por exemplo.
“Isso que faz a redução da impunidade e redução da criminalidade, não tenha dúvida disso. Porque quando você tira o comando do crime a ação fica toda solto sem saber como agir e como se comportar. Com o Ciat comprovamos o envolvimento de quem não coloca a ‘mão’ e só manda”, falou Arruda.
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