> >
OAB e Prefeitura de Guarapari repudiam agressão de PM a mulher

OAB e Prefeitura de Guarapari repudiam agressão de PM a mulher

Órgãos se manifestaram sobre o caso de policial flagrado em vídeo, na presença de outro militar, dando socos e joelhadas em uma mulher em surto psiquiátrico no último sábado (25)

Publicado em 29 de setembro de 2021 às 17:51

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Vídeo mostra PM agredindo mulher com socos e joelhadas no ES
Vídeo mostra PM agredindo mulher com socos e joelhadas no ES. (Reprodução)

A Prefeitura de Guarapari e a Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) manifestaram repúdio à agressão cometida por um policial militar contra uma mulher, na presença de outro PM, ocorrida no último sábado (25) no bairro Limeirão, no município. Um vídeo, que viralizou nas redes sociais, mostra a vítima levando socos e joelhadas. Os agentes teriam sido acionados para prestar apoio ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em caso de pessoa em surto psiquiátrico que seria internada contra a própria vontade.

A Prefeitura de Guarapari se manifestou sobre a agressão flagrada no vídeo, ocorrida no município. "Em uma sociedade democrática, não é possível admitir que a violência seja utilizada de forma alguma, independente de quem estiver envolvido. O município repudia o ocorrido em nossa Cidade Saúde e não pode se calar diante de fatos tão graves, que ameaçam a integridade humana", informou.

Já a OAB-ES, por meio da Comissão da Mulher Advogada, além de ter repudiado o ato, exigiu que seja feita justiça com relação ao "ato que demonstra várias violações de direitos humanos sofridas por uma moradora de Guarapari/ES, vítima de uma ação violenta e desmedida de repressão policial, sob a justificativa de contê-la durante um surto psicótico", iniciou a entidade em nota divulgada.

Para a instituição, ações violentas como a registrada em vídeo não podem ficar impunes, devendo ser tomadas medidas cabíveis pelas autoridades públicas competentes, nas diversas esferas de poder. "Os agentes de segurança pública precisam estar preparados para as várias situações, inclusive, no tratamento de ocorrências que envolvam mulheres e pessoas com necessidades especiais, sendo o uso de violência uma escolha inadmissível", acrescentou a OAB-ES.

DEFENSORIA PÚBLICA

Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo solicitou à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) que sejam aplicadas medidas disciplinares aos militares envolvidos no caso. O órgão também pediu que sejam explicadas as circunstâncias que levaram à intervenção da Polícia Militar em uma atividade do Serviço Móvel de Urgência (Samu).

A Defensoria Pública explicou que questiona a presença da PM porque o atendimento a pessoas com transtornos em surto psiquiátrico é, segundo a instituição, atividade diretamente relacionada à saúde e não à segurança pública.

RELEMBRE O CASO

Um policial militar foi flagrado, em vídeo, agredindo uma mulher com socos e joelhadas no último sábado (25), no bairro Limeirão, em Guarapari. O registro viralizou nas redes sociais.

Na gravação, ainda é possível ver o policial dando um tapa no rosto da vítima, mesmo após a mulher já estar imobilizada no chão. Tudo acontece na presença de um outro militar. Veja o vídeo:

De acordo com a Polícia Militar, as imagens são de um apoio prestado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), durante a tarde do último sábado (25), no bairro Lameirão, em Guarapari. Segundo a corporação, a mulher estava em surto, com comportamento agressivo e seria internada contra a própria vontade.

"Assim que a PM tomou conhecimento das imagens, um inquérito foi aberto pela Corregedoria da Polícia Militar para apurar o fato e a conduta dos militares", garantiu. A corporação, no entanto, não informou se os policiais já foram ou serão afastados das respectivas funções.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que a paciente foi transferida no domingo (26) para o Hospital Estadual de Atenção Clínica."Ela está sendo assistida e recebendo atendimento especializado. A direção tenta contato no número de celular cadastrado, mas ninguém atende", afirmou.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais