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'Não houve estupro', diz polícia após investigação de mortes de crianças no ES

"Não houve estupro", diz polícia após investigação de mortes de crianças no ES

Na época das mortes, os próprios médicos que atenderam as crianças, nos PAs da Grande Vitória, levantaram a hipótese de estupro. Porém, a polícia afirma que, embora as investigações ainda estejam em andamento, foi descartada a ocorrência de abusos sexuais

Publicado em 2 de dezembro de 2019 às 20:41

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Uma criança chegou já morta  no PA de Alto Lage, em Cariacica. (Fernando Madeira)

O último mês foi marcado por tragédias envolvendo mortes de crianças. Em dois casos, que aconteceram nos dias 7 e 11 de novembro, as vítimas deram entrada em Pronto Atendimentos de Vila Velha e Cariacica com hematomas. Na época das mortes, os próprios médicos que atenderam as crianças levantaram a hipótese de estupro. Porém, a polícia afirma que, embora as investigações ainda estejam em andamento, foi descartada a ocorrência de abusos sexuais.

CARIACICA: MORTA COM SINAIS DE AGRESSÃO

Uma menina de quatro anos, que não teve a identidade revelada, deu entrada já sem vida no Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica, no fim da manhã do último dia 7 de novembro. A criança apresentava sinais de agressão física e foram os próprios funcionários do PA que acionaram a Polícia Militar.

No local, médicos tentaram reanimar a menina, mas as tentativas não surtiram efeito. Ela teve uma parada cardiorrespiratória, não resistiu e morreu.  A suspeita é de que ela tenha morrido por pancadas na cabeça, já que teve traumatismo craniano. 

O Instituto de Gestão, Inovação e Saúde (IGIS), responsável pelo PA de Alto Lage, informou que a menina chegou ao local já com uma parada cardiorrespiratória. Em seguida, foi realizado o protocolo de reanimação sem que houvesse êxito.

Na ocasião, os profissionais que realizaram o atendimento afirmaram que a menina havia sido estuprada. Logo depois,a  Polícia Civil afirmou que teve acesso aos  laudos e que a vítima não teria sofrido violência sexual.

Procurada novamente nesta segunda-feira (02), a PC informou, por nota, que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM) e que a possibilidade de violência sexual foi descartada. "A DHPM aguarda o laudo cadavérico para dar continuidade às investigações. Informações adicionais ainda não serão passadas para não atrapalhar a apuração do fato".

VILA VELHA: DOIS ATENDIMENTOS EM DOIS DIAS

PA da Glória, onde a criança foi levada. (Leandro Tedesco)

No dia 11 de novembro, uma menina de 5 anos deu entrada no Pronto Atendimento da Glória, em Vila Velha, pela segunda vez em dois dias. A Polícia Militar diz que foi acionada por uma assistente social do PA porque havia dado entrada lá uma criança já morta. Militares foram ao local, constataram o fato e acionaram a Polícia Civil. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha (Semsa), com base em relatório da Diretoria Técnica, a criança deu entrada às 5h do dia 10, acompanhada dos pais, com queixa de dor no braço esquerdo, após relatar que teria caído enquanto brincava de bola.

O relatório diz que não foram identificados hematomas e nem fraturas após realização de raio-x. Assim, a menina recebeu alta e foi para casa. Já no dia 11, o relatório da Semsa diz que a criança retornou ao PA da Glória por volta das 11h25, no colo do pai, e foi levada direto para a emergência já desacordada e com sinais de parada cardiorrespiratória e com pupilas dilatadas.

A Semsa diz que foram realizadas medidas de reanimação, sem sucesso, por quase uma hora. Foram identificados hematomas difusos e edema de membro inferior. Segundo a Polícia Civil, nesse segundo caso também houve a especulação de um suposto estupro, sendo descartada pela PC por meio de nota nesta segunda-feira, 2 de dezembro.

"O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM). A possibilidade de violência sexual foi descartada. A DHPM aguarda o laudo cadavérico para dar continuidade às investigações. Informações adicionais, ainda, não serão passadas para não atrapalhar a apuração do fato", informou a nota.

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