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Mulher é detida suspeita de envolvimento na morte de cozinheira em Vila Velha

Mulher é detida suspeita de envolvimento na morte de cozinheira em Vila Velha

Apesar de ter sido conduzida à delegacia pela participação no crime, detida não foi autora dos disparos; segundo soldado da PM, uma quarta mulher, que teria sido a real executora, ainda não foi encontrada

Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 16:41

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Maria das Graças Souza Rodrigues, de 46 anos, morreu após ser baleada em Vila Velha
Maria das Graças Souza Rodrigues, de 46 anos, morreu após ser baleada em Vila Velha. (Arquivo Pessoal)

Uma mulher de 40 anos foi detida nesta quinta-feira (13) por suspeita de envolvimento na morte de Maria das Graças Souza Rodrigues, de 46 anos, e tentativa de assassinato da companheira da vítima. O caso aconteceu no bairro Dom João Batista, em Vila Velha, por volta das 7h da manhã. Apesar de ter sido conduzida à delegacia pela participação no crime, a detida não foi autora dos disparos; segundo o soldado Cordeiro, da Polícia Militar, uma quarta mulher, que teria sido a real executora, ainda não foi encontrada.

De acordo com informações da PM, a detida teria as mesmas características físicas passadas durante o atendimento da ocorrência, que foi entregue a uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Já em entrevista exclusiva com a reportagem na tarde desta quinta-feira (13), o soldado Cordeiro, da PM, confirmou que a mulher detida pode não ter sido a executora dos disparos e que ela estava acompanhada por uma quarta mulher. Esta última sim teria atirado.

"Tínhamos informações de que uma moça de cabelo vermelho teria praticado o crime. Fizemos o patrulhamento por volta das 10h no Aribiri, cerca de duas horas após o homicídio. Quando entramos no bairro, a suspeita estava próxima do local, encostada, conseguimos identificá-la. Fizemos algumas perguntas básicas, como se tinha ficado sabendo do crime e ela já demonstrou nervosismo e começou a chorar", iniciou o agente.

Na casa da mulher detida foram realizadas buscas e foi localizada uma pequena quantidade de crack, bem como R$ 331 provenientes do tráfico de drogas. "Ela mostrou bastante nervosismo o tempo todo. Ela confirmou que teria estado traficando à noite com as duas vítimas, que também vendiam entorpecentes. A suspeita era quem guardava o dinheiro e as drogas", continuou.

Segundo o soldado, ela contou também que teve um problema com as duas por terem roubado o dinheiro, e ela que era a responsável pela gerência financeira. "Uma quarta moça, colega dela, presenciou a discussão, pegou um revólver que estava com a detida, e atirou nas vítimas, saindo correndo com a arma", acrescentou.

Aspas de citação

Segundo a suspeita detida, as quatro mulheres estavam juntas. A primeira suspeita, que não será identificada, foi tirar satisfação sobre as drogas e o dinheiro que estava faltando e uma das vítimas, a Maria, deu um murro nela. A amiga viu a agressão na cara e saiu correndo, pegou o revólver, foi atrás das duas e atirou

Soldado Cordeiro
Agente da Polícia Militar
Aspas de citação

Segundo o soldado, Maria levou dois tiros, sendo um no braço direito e um do lado esquerdo da costela. Já a companheira, que foi socorrida, pode ter sido alvo de três disparos, sendo um no braço esquerdo. As duas moravam no local há cerca de 4 meses.

A vítima sobrevivente chegou a ser socorrida acordada. "Tivemos informações de que ela se encontra estável e teria falado com os investigadores, confirmando que não teria sido a detida a autora dos tiros. De qualquer forma, a conduzida também responderá pelo crime", finalizou.

O CASO

Uma mulher foi morta a tiros e a companheira dela foi baleada, nesta quinta-feira (13), em Vila Velha, na Grande Vitória. O crime aconteceu por volta das 7h, no bairro Dom João Batista. Maria das Graças Souza Rodrigues, de 46 anos, morreu no meio da Rua Mandacaru.

A outra vítima, companheira de Maria, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória.

Parentes de Maria das Graças disseram que ela e a mulher que sobreviveu formavam um casal e estavam juntas há cerca de 10 anos. Eles também contaram que Maria trabalhava como cozinheira, porém, durante a pandemia perdeu o emprego e começou a vender drogas. 

Em nota, a Polícia Civil informou que a ocorrência ainda está em andamento na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). Por enquanto, não há detalhes que possam ser divulgados.

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