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Mulher é assassinada a tiros pelo ex-companheiro em Colatina

Mulher é assassinada a tiros pelo ex-companheiro em Colatina

Gabrielly Mennas da Silva, de 30 anos, estava em casa quando o homem pulou o muro da residência e realizou os disparos; vítima já havia compartilhado mensagens com ameaças feitas por ele

Publicado em 5 de janeiro de 2023 às 08:36- Atualizado há um ano

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Mulher é morta a tiros pelo ex-companheiro em Colatina
Mulher é morta a tiros pelo ex-companheiro em Colatina. (Redes sociais)

Uma mulher de 30 anos foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro na noite desta quarta-feira (4), no bairro São Judas, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Segundo a Polícia Militar, Gabrielly Mennas da Silva estava em casa quando o homem pulou o muro da residência e realizou os disparos contra ela. A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital Estadual Silvio Avidos, mas não resistiu aos ferimentos. Carlos Magno Farias Ramos, ex-companheiro da mulher, é procurado pela polícia.

A Polícia Militar informou que policiais encontraram cinco cápsulas de arma de fogo no local do crime. Segundo a corporação, testemunhas relataram aos militares que, após realizar os disparos, o suspeito fugiu em um carro de cor preta. Buscas foram feitas na região, mas o homem não foi localizado.

Em grupos em aplicativo de mensagens instantâneas circulam prints de conversas, compartilhados pela própria Gabrielly, de conversas dela com o ex-companheiro em que o homem faz ameaças contra ela. Em uma das mensagens, o suspeito diz: “Vou dar um tiro na sua testa no meio de todo mundo”.

Mulher é morta a tiros pelo ex-companheiro em Colatina
Mulher é morta a tiros pelo ex-companheiro em Colatina. (Redes sociais)

A Polícia Civil informou que o corpo da vítima foi encaminhado para o Serviço Médico Legal (SML) de Colatina, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares. O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina.

"O suspeito já está identificado, porém até o momento não foi detido. Segundo o titular da DHPP de Colatina informou que o suspeito possui condenações por crimes de roubo, tráfico de drogas, lesão corporal, ameaça e vias de fato. A população pode denunciar através do Disque-denúncia (181) qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajudem as polícias na elucidação de delitos ou infrações. A ligação é gratuita e pode ser realizada em qualquer município do Estado", afirma a nota.

Em atualização nesta sexta-feira (6), a PC de Colatina confirmou que já há um mandado de prisão feminicídio, ou seja, homicídio cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, contra Carlos, e que o suspeito ainda não foi localizado.

Áudio e vídeo mostram pedido de ajuda e crime

Em uma mensagem por áudio enviada para um irmão de Gabrielly, uma testemunha pede ajuda, avisa que o suspeito está armado e tentando invadir a casa. Poucos segundos depois é possível ouvir o barulho dos disparos. Câmera de segurança da casa onde a mulher foi assassinada mostram o momento do crime (confira acima).

Aspas de citação

O Maguin (apelido do suspeito) está aqui na porta da sua irmã, tentando invadir aí dentro. Quase pulou o muro do (cita nome de um vizinho). Ele está com arma. Está armado e falando que vai matar a sua irmã. Pelo amor de Deus [barulhos de tiros]. Olha só! Olha só! Olha só! Meu Deus do Céu! Ajuda!

X.
Testemunha não identificada
Aspas de citação

As imagens registradas por câmera de segurança mostram uma criança correndo e, momentos depois, Gabrielly também aparece tentando subir as escadas do imóvel, mas acaba atingida e cai baleada. Os tiros também quebraram a porta de vidro da casa.

Segundo caso no ES em 24h

Outro crime brutal contra mulher foi registrado um dia antes da morte de Gabrielly. Na noite de terça-feira (3), em Lagoa Funda, Guarapari, a doméstica Genizia Gianizelli Machado Santos, de 52 anos, foi assassinada a facadas pelo companheiro dela. O homem de 56 anos tentou se ferir para simular uma luta entre o casal e criar uma justificativa de que teria matado a companheira em legítima defesa, mas a versão não convenceu a polícia e ele acabou preso.

A vítima se relacionava com o suspeito havia cerca de um ano e tentava terminar o relacionamento. Antes de ser assassinada, ela teria dito a uma irmã que queria se separar, mas o companheiro não aceitava o término.

O suspeito foi autuado em flagrante por homicídio qualificado cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio) e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarapari.

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