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Justiça ordena prisão preventiva para agente da Guarda de Vila Velha

Justiça ordena prisão preventiva para agente da Guarda de Vila Velha

Carlos Alberto Souza Brito já tem passagem pela polícia e saiu atirando contra pessoas que estavam na rua em Aribiri, em Vila Velha

Publicado em 19 de junho de 2020 às 15:56

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Agente da Guarda atira em eletricista em Vila Velha
Agente da Guarda Civil de Vila Velha atira em eletricista no bairro Aribiri. (Reprodução)
Justiça ordena prisão preventiva para agente da Guarda de Vila Velha

Inicialmente preso em flagrante, Carlos Alberto Souza Brito – que é agente da Guarda Civil de Vila Velha – vai cumprir prisão preventiva. A decisão da Justiça saiu nesta sexta-feira (19), um dia depois de ele ter atirado contra vizinhos e um eletricista que trabalhava em uma rua no bairro Aribiri.

Para a juíza Raquel de Almeida Valinho, há indícios que incriminam o agente e deixá-lo solto poderia oferecer risco às vítimas ou testemunhas do caso. Para converter a prisão em flagrante em preventiva, ela também considerou o fato de que Carlos Alberto já teve uma passagem pela polícia.

Aspas de citação

Existem provas suficientes da existência de crime e fortes indícios de que os autuados realmente tenham praticado o crime que lhes foram atribuídos. A liberdade, neste momento, se mostra temerária, uma vez que poderão voltar a cometer atos da mesma natureza, eis que já possuem registros criminais

Raquel de Almeida Valinho
Juiz de direito
Aspas de citação

As imagens registradas por uma câmera de segurança (veja vídeo abaixo) mostram que, no momento dos disparos, o agente estava acompanhado da esposa Lidia Santos Pereira. Por isso, os dois receberam o mesmo encaminhamento no processo, cuja abertura fora solicitada por cinco pessoas.

Os crimes anteriormente cometidos pelos indiciados, que culminaram na assinatura de dois termos circunstanciados e de uma guia de execução penal por parte de Lidia, não foram esclarecidos pelo texto da decisão. A Gazeta acionou o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) para obter detalhes e aguarda o retorno.

Vale lembrar que todos os prazos do Judiciário estão suspensos por causa da pandemia do novo coronavírus, o que afeta também a realização das audiências de custódia e permite, desde que atendidos os devidos requisitos, que  sejam realizadas posteriormente.

ENTENDA O CASO

A própria Guarda Civil de Vila Velha foi acionada para atender o caso, durante a tarde desta quinta-feira (18). À equipe, o agente Carlos Eduardo Souza Brito afirmou que um homem teria tentado invadir a residência dele, razão pela qual ele teria atirado. O eletricista ferido foi socorrido e levado para um hospital.

No entanto, uma câmera de monitoramento flagrou que a vítima estava trabalhando em um carro, quando foi atingida pelos tiros que vieram de dentro da casa do agente. Ao chegar à calçada, Carlos Eduardo ainda dispara na direção de outras pessoas que estavam na rua. A todo momento, a esposa dele aparece ao lado.

Agente da Guarda Municipal de Vila Velha foi levado para a delegacia
Momento em que agente foi levado para Delegacia Regional. (TV Gazeta)

O casal, então, acabou levado para a Delegacia Regional de Vila Velha pela Guarda Civil da cidade. A arma usada no crime também foi apreendida. Em nota, a Polícia Civil afirmou que os suspeitos foram autuados em flagrante por sete tentativas de homicídio e encaminhados ao sistema prisional.

GUARDA MUNICIPAL VAI INVESTIGAR

Secretário de Defesa Social de Vila Velha e chefe da Guarda Civil, Oberacy Emmerich concedeu uma entrevista para a TV Gazeta e garantiu que um processo administrativo já foi aberto para investigar o caso. "As imagens falam por si só. Ele não usou nenhuma técnica de abordagem. É um infrator. Nenhum agente está na rua sem avaliação psicológica e esse é um caso isolado", afirmou.

Questionada por A Gazeta se considerava os antecedentes criminais para a contratação de agentes, a Guarda Civil de Vila Velha garantiu que sim. "Para isso é feita uma investigação social da vida pregressa", explicou por nota. Bem como garantiu que "não consta nada em desfavor" de Carlos Alberto, já que o termo circunstanciado citado está "arquivado/baixado".

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