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Publicado em 15 de setembro de 2023 às 19:05
A Polícia Civil indiciou um homem de 30 anos, suspeito de assaltar mulheres em Vila Velha e Cariacica, utilizando um capacete com uma caveira estampada e uma blusa azul, que é uniforme de uma rede de farmácias. Os crimes aconteceram entre maio e junho, com seis vítimas identificadas. Segundo a corporação, Pablo Vinicius Jesus Gonçalves está preso desde junho por praticar cinco roubos majorados, quatro extorsões, dois estelionatos e um estupro.>
De acordo com a Polícia Civil, Pablo usava uma camisa de uniforme de rede de farmácias para passar despercebido, e os crimes não paravam nos assaltos. Quando não conseguia que a vítima passasse a senha de acesso do celular, Pablo colocava o chip no próprio celular e contratava uma empresa para se passar por uma multinacional de tecnologia. >
As vítimas então recebiam mensagens como se a empresa estivesse informando a localização do aparelho, ao clicar ele acessava grupos e senhas. Ali começava um dos outros crimes, a extorsão. >
“Ele conseguia entrar nos grupos de aplicativo de mensagens. Grupos de escola, família, e mandava mensagem ameaçando caso não oferecesse a senha de desbloqueio dos aparelhos eletrônicos”, contou o titular do 6º Distrito de Polícia de Vila Velha, delegado Guilherme Eugênio Rodrigues.>
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Em um dos casos, uma adolescente de 13 anos precisou mudar de escola. Com o contato dos pais da jovem, ele ameaçou ir até a instituição de ensino caso nenhum deles informasse o número de segurança. “Chego a me arrepiar. A menina teve que mudar o lugar onde ela estudava, pois ele ligava e mandava mensagens constantemente”, afirmou o delegado.>
Segundo o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, Pablo atuava em modus operandi para amedrontar as vítimas e conseguir tirar dinheiro delas. A ação funcionava da seguinte forma: >
Com a junção das provas, os crimes dos quais o homem é suspeito somam penas que podem chegar a 100 anos de prisão, segundo o delegado. São 16 acusações: cinco por subtração de celulares, quatro por ameaça, duas por invasão de dispositivo, uma por abuso sexual, duas por adulteração de placa e duas por destinação de valores a conta laranja. >
A prisão dele aconteceu depois da última tentativa de roubo. A vítima parou uma viatura da PM, que conseguiu encontrar ele logo depois. Em primeiro momento não identificaram que poderia ser a pessoa procurada em outros casos. Somente durante as investigações, com ajuda da câmera de videomonitoramento perceberam ser o acusado pela blusa, moto e localização. >
A acusação por invasão de contas foi possível com ajuda das vítimas. Ela tirou prints das notificações que chegaram ao e-mail quando ele conseguia entrar nas contas. Pelas mensagens nomearam o tipo de celular e um dos telefones dele ser da marca sinalizada na mensagem, junto aos prints, foi possível denunciá-lo. >
Segundo o delegado Guilherme Eugênio, o suspeito usava quatro motos diferentes e mudava a caixa para dificultar a identificação. “Três delas eram restritas e uma era legalizada. Ele sempre colocava sempre a placa legalizada nas outras para não correr o risco de ser pego”, contou.>
Eugênio afirmou ainda que caso alguém se identifique como vítima dele, ainda há tempo de denunciar. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) e tinha passagem anterior por roubo. >
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