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Ex-PM condenado por duplo homicídio ocorrido em 1998 é preso na Serra

Ex-PM condenado por duplo homicídio ocorrido em 1998 é preso na Serra

Oséias de Souza Gomes, de 46 ano, foi condenado 30 anos de prisão pelo homicídio de dois jovens, em Cariacica, após a final da Copa do Mundo de 1998

Publicado em 4 de dezembro de 2023 às 17:02

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DHPP Serra prende ex-policial militar condenado por duplo homicídio ocorrido na década de 1990
Oséias de Souza Gomes, de 46 anos, é ex-policial militar e foi preso na Serra por um duplo homicídio ocorrido em 1998. (Divulgação | Polícia Civil )
Mikaella Mozer
Repórter / [email protected]

Treze anos após ser condenado por um duplo homicídio cometido em Cariacica, em julho de 1998, o ex-policial Oséias de Souza Gomes, de 46 anos, foi preso no bairro Parque Residencial Laranjeiras, no município da Serra, na Grande Vitória. A prisão foi divulgada nesta segunda-feira (4) pela Polícia Civil (PC), mas ocorreu na última quarta-feira (29 de novembro).

Segundo a corporação, no momento da prisão, Oséias estava na clínica veterinária onde trabalhava. O homem foi condenado em 2010 após o Tribunal do Júri o condenar a 30 anos, em regime fechado, pela morte de Paulo Sergio da Conceição Pinto, vulgo Serginho, e Carlos Alexandre Gomes, conhecido como Chupão.  Ambos tinham, respectivamente, 18 anos e 24 anos quando foram assassinados. 

Na época, as vítimas foram dadas como desaparecidas em 12 de julho, após terem sido vistos pela última vez caminhando em direção ao bairro Morro Novo, onde moravam.

Segundo apuração realizada pelo jornal A Gazeta, quando o caso ocorreu, seis familiares de Serginho acusaram três policiais militares. Um deles chegou a formalizar a denúncia na Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à pessoa.

Ex-PM condenado por duplo homicídio ocorrido em 1998 é preso na Serra
Eliel Rodrigues da Silva e Carlos Alexandre Gomes foram mortos em 1998
Carlos Alexandre Gomes e Paulo Sergio da Conceição Pinto, respectivamente, foram mortos em 1998. (Cedoc | A Gazeta)

Os corpos de Serginho e Chupão foram encontrados três dias depois nas proximidades do Clube Araçá, em Cariacica. Conforme a PC, nos laudos de exames cadavéricos que constam nos documentos do processo, mostram que os dois foram executados com disparos de revólver calibre 38.

Outro homem, identificado como Eliel Rodrigues da Silva, de 55 anos, também foi condenado a 30 anos pela morte de Paulo e Carlos, com reclusão a serem cumpridos, inicialmente, em regime fechado. De acordo com informações da Secretaria da Justiça (Sejus), o ex-policial militar está preso na Penitenciária de Segurança Média I (PSME I), em Viana, e Eliel está na Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV).

Relembre  o caso

Segundo matéria publicada no jornal A Gazeta do dia de julho de 1998, Paulo Sérgio e Carlos Alexandre voltavam para casa no dia 12 de julho de 1998, após assistirem a final da Copa do Mundo entre as seleções da França e Brasil.

Nesse trajeto eles foram vistos com vida pela última vez. De acordo testemunhas, eles passavam em frente à escola Menino de Jesus Praga e seguiam em direção ao bairro Morro Novo, em Cariacica, onde moravam. Desde então, os dois desapareceram.

Os corpos deles foram encontrados dias depois em uma mata situada perto do Clube Araçá, em Cariacica. Na investigação, familiares acusaram Oséias, Eliel e outro homem, de terem matado os jovens. 

OCarlos Alexandre Gomes e Paulo Sergio da Conceição Pinto foram assassinados em 1998.
Os dois corpos foram encontrados perto do Clube Araçá, em Cariacica. Crime ocorreu em 1998. (Nestor Muller | A Gazeta)

Segundo os relatos dados a polícia na época, os dois condenados foram vistos rondando com um Gol branco pelo bairro como se estivessem a procura de alguém. Oséias e Eliel teriam ainda ido até a casa de outra pessoa em Morro Novo, roubado uma arma e sumiram logo depois do fim da partida. 

De acordo com a Polícia Militar, os três tiveram as armas apreendidas e confirmou que no dia do crime os então acusados, estavam de folga, e que Eliel tinha um gol branco. O julgamento do caso aconteceu 12 anos depois do homicídio, com Eliel e Oséias condenados há 30 anos de reclusão. 

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