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Publicado em 8 de setembro de 2025 às 11:06
Uma dentista identificada como Camila Magalhães Bonfim Ribeiro foi presa, na madrugada de domingo (7), sob a suspeita de atacar um funcionário de uma boate na Praia do Canto, em Vitória, com insultos racistas. A mulher, já na presença de policiais após ser apontada como responsável por ameaças, chamou o trabalhador de “negrinho”. A defesa de Camila diz que a mulher teria tido um possível surto psicótico.>
Antes da chegada da polícia, Camila teria começado com insultos e com ameaças após ser cobrada pelas bebidas consumidas no estabelecimento, alegando que não pagaria a conta. Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar (PMES) foi acionada porque Camila estaria “bastante alterada e agressiva no interior do estabelecimento”, de onde tentou fugir.>
Ela foi contida pela equipe de segurança e chegou a alegar que havia sido agredida. Entretanto, testemunhas relataram à polícia que a mulher se machucou sozinha devido à embriaguez. A dentista teria caído no chão e batido a cabeça em um balcão da boate.>
Com isso, ela foi levada pelos militares ao Hospital de Urgência e Emergência de Vitória para receber atendimento médico, que constatou arranhões no joelho esquerdo e um corte na parte de trás da cabeça — lesões causadas pela própria mulher. >
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Do hospital, após a alta, Camila foi levada à 1ª Delegacia Regional de Vitória algemada, já que apresentava comportamento agressivo. Segundo a Polícia Civil, a mulher foi autuada em flagrante por injúria racial e foi encaminhada ao sistema prisional.>
A advogada Angélica Damasceno Romeiro, que faz a defesa da dentista, informou à reportagem, em nota, que a cliente é uma mulher em situação de fragilidade e que teria sido vítima de agressão física na casa noturna — situação que não é confirmada pela polícia. A defesa ainda cita que a mulher teria sido impedida de deixar o local.>
“Em meio à violência sofrida, [Camila] apresentou sinais de um possível surto psicótico, o que reforça sua vulnerabilidade naquele momento. Diante desse cenário, foi ela própria quem acionou a Polícia Militar, buscando proteção e amparo das autoridades. Reiteramos que Camila afirma que em nenhum momento buscou proferir ofensas de cunho racial, manifestando, inclusive, seu repúdio a toda e qualquer prática discriminatória. Ressaltamos que a tentativa de inverter a condição de vítima para transformá-la em agressora não condiz com a realidade dos fatos”, divulga a defesa.>
A direção da casa noturna também foi procurada, mas ainda não retornou à reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.>
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