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Publicado em 16 de novembro de 2021 às 12:13
A Polícia Civil deflagrou a quarta fase da Operação Elétron. Foram realizadas diligências em uma UPA de Cariacica e em uma creche de Vila Velha, além de perícias em locais com problemas elétricos, como uma residência em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, que teve um princípio de incêndio, e um prédio em Cariacica, com reclamações de derretimento das tomadas.>
Em todos os locais identificou-se o uso de fiação irregular que, de acordo com laudos do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (Ipem-ES), podem causar aumento do consumo de energia elétrica e risco de incêndio. A Polícia Civil também constatou que o empresário preso na primeira fase da operação tentou interferir nas investigações.>
Detalhes das diligências da quarta fase serão divulgados em entrevista coletiva, nesta terça-feira (16), às 14h, na Assembleia Legislativa. A operação foi realizada por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em uma ação integrada com a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa e o Ipem-ES. >
Na última semana, a Unidade Básica de Saúde de Flexal II e o Pronto Atendimento de Flexal II, ambos em Cariacica, ficaram fechados até o dia (14) para adequações nas instalações elétricas. A medida foi tomada em cumprimento à determinação de interdição feita pela Polícia Civil no âmbito das investigações da Operação Elétron.>
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Um empresário da Praia do Canto, em Vitória, foi preso na Serra, no dia 10 de agosto, durante a Operação Elétron. O suspeito, que não teve o nome divulgado, é responsável por uma fábrica de fios e condutores elétricos que apresentavam irregularidades capazes de causar o superaquecimento da rede de energia, curto-circuitos e até mesmo incêndios, além de aumentarem significativamente o consumo de energia elétrica, gerando aumento da conta do consumidor.>
Os documentos colhidos na investigação mostram que a empresa Luzzano, localizada em Boa Vista II, vendeu o produto fora das normas de segurança para hospitais, igrejas, escolas, construtoras e diversas lojas de material de construção, que revenderam a mercadoria para um número incalculável de consumidores finais, acarretando não só prejuízo financeiro, mas verdadeiro risco à vida de inúmeros consumidores. >
As investigações tiveram início após uma "avalanche" de denúncias sobre superaquecimento de fios e aumento de consumo injustificado de energia, inclusive após troca da fiação. Esse empresário já havia sido preso, em flagrante, no ano de 2019, por produção irregular. A prisão daquela época ocorreu por uma fraude na fiação. Ele pagou fiança, arbitrada em R$ 100 mil, e foi liberado.>
Como tornou a infringir a mesma norma, a Justiça determinou a quebra da fiança e expediu um mandado de prisão preventiva para que o suspeito responda preso. Logo, não cabe nova fiança. O suspeito está sendo investigado por crime contra relação de consumo, previsto no artigo 7 da Lei 8137/90 com pena de 2 a 5 anos, podendo incorrer em outros crimes com o avançar das investigações. >
Em nota, a Luzzano disse que as acusações são graves e que os relatos precisam de comprovação e não condizem com os padrões de qualidade da empresa. Disse ainda que usa cobre de excelente qualidade e que está tomando providências para comprovar a eficácia do produto com os órgãos fiscalizadores. >
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