> >
Chacina em Vila Velha: mais dois sobreviventes prestam depoimento

Chacina em Vila Velha: mais dois sobreviventes prestam depoimento

O primeiro a falar foi um microempresário de 49 anos, marido de uma professora de inglês que morreu na chacina. Ele levou dois tiros e seria um dos alvos do suspeito

Publicado em 25 de outubro de 2021 às 20:28

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, onde vítimas prestaram depoimento. (Carlos Alberto Silva)

Mais duas pessoas que sobreviveram à chacina que deixou seis mortos durante uma confraternização no bairro Darly Santos, em Vila Velha, no último dia 16, prestaram depoimento nesta segunda-feira (25), na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória. O suspeito do crime, o motorista de aplicativo Saulo da Silva Abner, de 25 anos, está preso.

A primeira vítima a depor foi um microempresário de 49 anos, que falou com a polícia por cerca de 3 horas. Ele levou um tiro nas costas e em um braço e é marido da professora de inglês Elaine Machado, que morreu na chacina. A mulher não estava na confraternização, mas, quando ouviu barulho dos tiros, foi ao local porque o filho de 12 anos estava na festa com o pai.

Segundo apuração da repórter Gabriela Ribeti, da TV Gazeta, o microempresário ficou internado em estado grave e não está andando — ele precisou ser carregado quando chegou à delegacia para prestar depoimento. A vítima seria ouvida no segundo andar, mas, como não tinha condições de subir as escadas, os policiais desceram e a ouviram no térreo. Este homem seria um dos alvos de Saulo, suspeito do crime.

Chacina em Vila Velha - mais dois sobreviventes prestam depoimento
Saulo da Silva Abner, de 25 anos, é suspeito de ser o responsável pela chacina que aconteceu em Vila Velha no último final de semana
Saulo da Silva Abner, de 25 anos, é suspeito de ser o responsável pela chacina que aconteceu em Vila Velha. (Divulgação | PM)

A outra vítima a prestar depoimento foi um homem que levou três tiros. Ele contou à polícia que havia acabado de chegar à confraternização e não chegou a ver direito o que aconteceu. À reportagem da TV Gazeta, o homem disse que só não morreu porque havia outra pessoa na frente dele.

O motorista de aplicativo Saulo da Silva Abner confessou o crime, alegando que atirou porque três homens estavam invadindo um terreno que ele já havia invadido antes. Câmeras de segurança gravaram o homem andando pelas ruas do bairro e passando várias vezes em um carro preto. O delegado disse que ele passou mais de meia hora dando voltas na casa onde as vítimas participavam de um churrasco. Seis pessoas morreram e três ficaram feridas.

Morreram três pessoas na hora, no quintal da casa: Claudionor Liberato, José Roberto e José Quirino, que presidia a associação de moradores do bairro. Vizinhos contaram que Saulo continuou atirando na rua, quando atingiu a professora de inglês Elaine Machado, que morreu. O quinto atingido foi Felipe dos Santos, um feirante que morreu no hospital. Na semana passada, morreu também Renato Chagas Sales, que estava internado. 

PEDREIRO FERIDO JÁ HAVIA PRESTADO DEPOIMENTO

Um pedreiro que levou três tiros e também sobreviveu à chacina já havia prestado depoimento por três horas no último dia 18, na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória. Na ocasião, o homem — que não está sendo identificado por segurança — relatou à TV Gazeta os momentos de terror que viveu.  "Ele (o autor do crime) entrou no terreno e saiu disparando, sem alvo aparente e sem objetivo", disse.

Pedreiro levou três tiros durante a chacina que aconteceu em Vila Velha; um dos disparos pegou no peito
Pedreiro levou três tiros durante a chacina que aconteceu em Vila Velha; um dos disparos pegou no peito. (Wagner Martins)

O pedreiro levou três tiros e um deles pegou no peito. Mesmo baleado, ele conseguiu fugir para um matagal, onde foi encontrado caído pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Em depoimento à polícia, o pedreiro contou que foi chamado para fazer um serviço em uma pequena construção no terreno e que, durante o trabalho, houve uma briga entre uma mulher que não está entre as vítimas e um homem, que também sobreviveu ao ataque. O motivo da discussão seria a posse do terreno.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais