Renato Bisi Penna, de 45 anos, foi preso no bairro Araçás, em Vila Velha, por envolvimento em uma chacina no Morro do Santo Amaro, no bairro Catete, no Estado do Rio de Janeiro, em 2006. O homem, que é capixaba – natural do município canela-verde – atuou como ‘vigia’ no crime ao monitorar os corpos das cinco vítimas sendo enterrados, conforme a Polícia Civil. A prisão ocorreu no dia 25 de setembro, 14 anos após o indivíduo ser condenado a 85 anos de reclusão pela Justiça fluminense.
Durante a participação na chacina, Renato acompanhou o responsável por enterrar as vítimas desde a saída dos corpos da cena da execução até o momento em que foram enterrados. A informação foi passada pela Polícia Civil do Espírito Santo em coletiva de imprensa nesta terça-feira (1º).
“Recebemos uma denúncia anônima e após verificar informações fomos até a casa onde ele estava. Uma equipe foi para a casa vizinha para verificar a rota de fuga e outra chamou o morador da residência onde ele permanecia. Nesse momento, a equipe que estava na casa ao lado visualizou Renato fugindo pelos fundos”, disse Adriano Fernandes, delegado adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.
Ao ser abordado, o homem deu um nome falso para a polícia: Roberto Gonçalves Dias. A mentira era para não ser pego pelo mandado de prisão em aberto, expedido em 2010, pela chacina no Rio de Janeiro. Renato fazia a ponte da venda de drogas entre a região fluminense e a capixaba.
Renato estava, inclusive, com drogas no bolso, e no terreno da casa onde ele foi encontrado havia uma bolsa com tabletes de haxixe e maconha no valor, segundo ele, de R$ 60 mil. Ainda conforme o preso, cada barra custava R$ 3 mil.
“Ele chegou dia 25 e iria voltar 25, ele não ficava aqui. Vinha para dar ordens e repassar a droga. Renato era natural daqui, mas morava ainda no Morro Santo Amaro, já que para realizar operação no local é preciso ordem judicial”, explicou Cleudes Junior, delegado adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.
As cinco vítimas da chacina morreram por um seguro de vida. É o que apontou a investigação da 9ª Delegacia do Rio de Janeiro, segundo a PCES. Tudo começou quando a amante do chefe do tráfico de Santo Amaro, chamado Beto, pediu que matassem o pai do filho dela, que é taxista.
A intenção era ficar com o dinheiro do seguro de vida feito pelo motorista em nome do filho deles, uma criança de quatro anos. Veja a sequência do crime:
Com todos os cinco executados, o dono do tráfico da região para outro taxista para levar todos os cadáveres. Nesse momento, Renato entra em ação e o vigia até cumprir a solicitação de Beto.
"Renato foi condenado a mais de 85 anos por homicídio, ocultação de cadáver, tráfico e associação pelo tráfico e fraude processual porque mudaram a cena do crime. Como ele cometeu o crime por tráfico aqui, ele foi conduzido ao Centro de Triagem de Viana e o juiz de custódia e do Rio de Janeiro foi comunicado", contou o delegado.
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