
Policiais militares do Espírito Santo ocuparam, por tempo indeterminado, o Complexo da Penha, em Vitória, na manhã desta quarta-feira (05). A ação faz parte da Operação Anóxia, e tem como objetivo impedir confrontos armados na região, que tiveram um aumento significativo no mês de janeiro, segundo a corporação.
De acordo com dados da Polícia Militar, nove confrontos foram registrados no Complexo da Penha nos últimos 15 dias de janeiro. Os ataques não deixaram feridos, mas trouxeram pânico à população de diversos bairros, como o que aconteceu na Piedade na última segunda-feira (03). Para a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp), o enfrentamento à polícia é visto como um atentado ao Estado e será combatido.
Roberto Sá
Secretário de Segurança Pública
"O Estado não vai admitir este tipo de enfrentamento. Os nossos policiais devem ser respeitados. Eles não estão sozinhos e serão protegidos. Não vamos aceitar este tipo de ataque contra comunidades e contra os policiais. "

A ocupação do Complexo, que se iniciou nesta quarta-feira, é uma das medidas adotadas pela PM para impedir confrontos. É também a primeira fase da operação "Anóxia", que significa sufocamento. O nome traduz a ideia de sufocar a atuação de criminosos no tráfico por meio da presença massiva da polícia nos bairros.
Coronel Sartório
Comandante Geral da Polícia Militar
"Quando a criminalidade de uma região fica muito violenta, com aumento de homicídios, confrontos entre gangues rivais e principalmente ataques a agentes de segurança pública, é iniciado o protocolo Anóxia. A primeira fase, que começou hoje, foi o choque de ordem, que é a ocupação simultânea de toda área com tropas especializadas. Esta operação visa sufocar principalmente o tráfico da região afetada, evitando o confronto armado"
Por questão estratégica, a Polícia Militar não divulgou quantos homens farão parte da ocupação do Complexo da Penha. O que se sabe é que a operação, que não tem data para acabar, está sendo realizada em conjunto com militares da Força Tática, tropas de Companhia Independente de Missões Especiais (CIMEsp), Batalhão Ambiental, Batalhão de Trânsito e cavalaria.
"O objetivo é mostrar que o Estado se faz presente e não tolera ataques. A região ficará ocupada por tempo indeterminado, até que a área seja pacificada. Isso pode durar dias ou meses. Durante a operação, vamos desenvolver outras ações ao longo do tempo, indicando ao tráfico da região que eles tomarão prejuízos, sejam eles em perda de armas, de drogas ou de liberdade, caso continuem os enfrentamentos", finalizou Sartório.
Fotojornalismo: operação da Polícia Militar no Complexo da Penha
Até o fim da tarde desta quarta-feira, uma pessoa havia sido presa e drogas, como maconha e cocaína, foram apreendidas na região. A operação tem apoio de militares de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica.
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Após confrontos, PM ocupa Complexo da Penha por tempo indeterminado
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