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Acusado de matar casal no ES foi comprar cerveja em bar após o crime

Acusado de matar casal no ES foi comprar cerveja em bar após o crime

De acordo com a polícia, José Carlos Rocha Rodrigues Marinho, que confessou o assassinato, se mostrou extremamente frio antes, durante e depois de cometer o crime

Publicado em 21 de abril de 2021 às 15:41

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Dono de sítio, José Carlos Rocha Rodrigues Marinho, confessou matar vizinhos, a advogada Marinelva Venturim de Paula e o marido dela Atashi
José Carlos Rocha Rodrigues Marinho (esquerda) é acusado de matar  casal de vizinhos em Santa Leopoldina. (Polícia/Redes Sociais/Reprodução)

José Carlos Rocha Rodrigues Marinho, acusado de matar a advogada Marinelva Venturim de Paula e seu marido, o estilista iraniano Dali Atashi, em Santa Leopoldina, na região Serrana do Espírito Santo, chegou a comprar cerveja em um bar após cometer o crime contra os vizinhos no último sábado (17). 

De acordo com o delegado Leandro Barbosa, titular da delegacia de Santa Leopoldina, o acusado se mostrou extremamente frio antes, durante e depois de cometer o crime. 

"Antes e até durante a execução ele está fumando. As imagens demonstram que ele usou todas as balas que tinha e se tivesse mais teria efetuado mais disparos. O Dali estava até com a cabeça um pouco abaixada, provavelmente nem percebeu o que estava acontecendo", afirmou o delegado.

O crime foi gravado por câmeras de segurança. Depois de cometer o duplo assassinato, José Carlos deixou o local e seguiu até um bar, onde comprou cervejas. Logo em seguida, fugiu para uma área de difícil acesso em Santa Teresa.

"Ao sair da residência após o crime ele passa em um bar e compra de três a quatro cervejas e vai bebendo, até ele decidir para onde ele iria fugir", contou o delegado.

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Nitidamente trata-se de um ser humano frio, que em nenhum momento mostrou traços de arrependimento ou de compaixão. Ela sabia que as vítimas eram pessoas de idade. Ele mostra que já estava premeditando ceifar a vida do Dali e não demonstra arrependimento algum. Até porque ele diz que mataria e fugiria

Leandro Barbosa
Delegado titular da delegacia de Santa Leopoldina
Aspas de citação

PRISÃO

O acusado foi preso na noite desta terça-feira (20), na localidade de  Pedra Alegre, em Santa Teresa. Ele confessou o crime à polícia e disse ter matado o casal com revólver calibre 38, que ele jogou dentro de um rio após o crime.

"Recebemos uma denúncia através da patrulha rural de Santa Teresa, que indicava que o indivíduo estaria escondido em uma localidade rural de difícil acesso, de nome Pedra Alegre, em Itarana, já na divisa com Santa Teresa. Chegando no local, depois de muita dificuldade, conseguimos fazer a abordagem e não demos nem oportunidade para ele reagir. Conversando, de forma muito natural, ele contou friamente que tinha cometido esse duplo homicídio", revelou o Major Márcio Cunha Cabral.

DESAVENÇAS COM O VIZINHO

O acusado também afirmou que teve um desentendimento com o vizinho Dali Atashi Leopoldina, na véspera do crime, no último sábado (17). De acordo com a polícia, José Carlos e Dali teriam tido pelo menos quatro desentendimentos antes do crime, o que inclui uma disputa pelo curso-d'água que passa próximo ao terreno dos dois moradores.

"As investigações apontam algumas desavenças com a vítima, o Dali. Ele decidiu matar o Dali por causa de quatro incidentes: uma aquisição de terreno, que depois foi desfeita; por causa também de uma passagem de canos sem autorização e o Dali teria retirado esses canos; o Dali ter repreendido as crianças do autor por estarem no terreno que tinha tanque profundo e poderia gerar uma tragédia; e por último a alegação do autor de que no dia anterior, no sábado, o Dali teria passado de carro pela estrada e mostrado uma arma de fogo para o autor. Naquele momento o autor teria decido tirar a vida da vítima a todo custo. Essa era a intenção dele. E matou a senhora Marinelva simplesmente porque ela estava no local, nada relacionado a profissão dela (advogada)", detalhou o delegado Leandro Barbosa.

José Carlos Rocha Rodrigues Marinho vai responder por homicídio qualificado, por motivo banal e sem possibilidade de defesa das vítimas.

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