Publicado em 1 de abril de 2020 às 22:48
Para reduzir a disseminação do novo coronavírus no mundo, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é para que as pessoas fiquem em casa. Seguindo essa orientação, o movimento nas ruas do Espírito Santo já diminuiu nas últimas semanas. Contudo, isso tem afetado o trabalho de ambulantes que, sem renda, já não têm o que comer. >
Ester Tomé da Silva
AmbulanteEster mora em Flexal 2, Cariacica, com oito filhos. Antes da pandemia do novo coronavírus, ela vendia balas na Grande Vitória. Com a falta de movimento nas ruas, ela não consegue mais trabalhar e depende da ajuda de vizinhos para alimentar a família. Mesmo assim, a comida é insuficiente.>
"A gente vai tomando água para passar a fome. E aí eu deixo para eles (filhos) comerem", contou Ester, que nesta quarta-feira (01), possuía apenas um pacote de biscoitos para dividir com os filhos. >
No mesmo bairro de Ester, outros moradores também passam dificuldades durante a pandemia. Parte do grupo de risco atingido pela doença Covid-19, a catadora de recicláveis Maria da Penha, 60 anos, tem procurado ficar em casa o máximo possível. >
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Mas a falta de dinheiro faz com que ela se arrisque três vezes na semana para trabalhar. Nos últimos 15 dias, ela conseguiu coletar uma quantidade de material que deu a ela uma renda de R$ 200, metade do que ela costumava fazer. Com a renda reduzida, ela precisava escolher com o que gastar.>
"Ou eu pago a luz ou eu como, porque a luz é cara. Hoje eu estou optando por comer", disse Penha, que já não sabe até quando a comida que tem na geladeira vai durar. "Depois eu peço comida por aí", completou.>
Em meio às dificuldades, atos de solidariedade são encontrados em Flexal 2. Para ajudar os moradores do bairro, a costureira Rosângela dos Santos e o marido resolveram fazer sabão em barra. Eles já produziram oitenta unidades e vão distribuir à população carente do bairro. >
Rosângela dos Santos
Costureira
O Instituto Aprender Cultura resolveu se unir na corrente de solidariedade e preparar kits de higiene para distribuir na comunidade. Com as doações que receberam, eles já fizeram 466 kits e buscam conscientizar as pessoas da importância da higienização.>
"A meta é conversar, tanto nas oficinas que a gente realiza, tanto com as pessoas na rua para passar a prática de lavar mão e se prevenir, atos que só dependem da gente", declarou Hinderson da Conceição, orientador do Instituto.>
Quem quiser ajudar as famílias de Flexal 2, em Cariacica, pode entrar em contato com o Aílton, uma das lideranças na região. O telefone para contato é (27) 99607-9398.>
*Com informações da TV Gazeta>
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