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Os segredos dos estudantes do ES que brilharam na redação do Enem

Os segredos dos estudantes do ES que brilharam na redação do Enem

Para alguns  alunos o "notão" na redação do Enem vai ajudar a conquistar  a vaga,  mas para outros o bom resultado ainda não foi suficiente para realizar o sonho, adiado por mais um ano

Publicado em 19 de janeiro de 2020 às 06:01

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Kiara Pezzin, conseguiu nota de 960 na Redação do Enem 2019. (Arquivo pessoal)

Aos 18 anos, Kiara Pezzin, é só alegria. Foi surpreendida na manhã desta sexta-feira (17) com a nota da sua Redação no Enem: 960. É uma pontuação que ajudou a elevar a sua nota geral e garantir a sua entrada no curso de Design na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). É o resultado de uma rotina de horas de estudo, às vezes até o dia inteiro, para garantir a realização do sonho de conquistar uma vaga em uma universidade. 

No Espírito Santo, apenas uma estudante conseguiu fechar a prova com a nota máxima, 1000. No Brasil foram 53 candidatos, segundo resultado divulgado pelo Inep. A redação teve como tema a "Democratização do acesso ao cinema no Brasil" e foi aplicada no primeiro dia do exame, 3 de novembro de 2019, juntamente aos conteúdos de Linguagens e Códigos e Ciências Humanas. A média dos participantes na redação do Enem 2019 foi de 592,9 pontos.

Kiara ficou surpreendida com a sua pontuação. "Esperava mais de 800, mas não mais de 900, este seria o limite. Mas a Redação me salvou", relata a jovem que é aluna do Colégio Salesiano e que conquistou 960 pontos. É o primeiro ano que ela tenta, de fato, o Enem. Nos dois anos anteriores ela fez o exame como treineiro, mas nunca tinha chegado a mais de 920 na Redação.

Pelo seus cálculos,o resultado deve garantir a vaga na universidade. "Calculei minha nota e deu 734. No ano passado a nota de corte do curso de Design na Ufes foi 717. A disputa pelo mesmo curso em Minas Gerais é diferente, as minhas notas são irregulares, e não cheguei a calcular, mais  será mais difícil. Aposto na Ufes", comemora.

Além da escola pela manhã, Kiara passava a tarde estudando. "Quando não tinha aula a tarde, ia para o aulão do vestibular, na maioria das vezes, onde tem monitores para tirar dúvidas. E estudava ainda à noite, nas ocasiões em que não estava muito cansada", conta.

Pedro Melo, 18 anos,  tirou 960 na Redação do Enem 2019. (arquivo pessoal)

Outro que também alcançou uma boa pontuação na redação foi Pedro Melo, 18 anos. "Até me assustei quando vi o resultado", conta. Com os 960 que conquistou ele espera conquistar uma vaga no curso de Arquitetura na Ufes.  "A redação me ajudou muito. Minha nota deve ficar em 751 e a nota de corte do curso, no ano passado, foi 760. Tenho esperança. Minha segunda opção é Design", relatou o jovem que também foi aluno do colégio Salesiano.

Pedro conta que se esforçou muito. Também ajudou o fato de sempre ter se dedicado a leitura. "Estudei muito, mas desde pequeno sempre li muito e escrever sempre foi uma facilidade. Ajudou ainda o fato de que sou criativo e foi fácil montar os argumentos, fazer a síntese. E entendi bem a proposta deles para o tema", relatou.

SONHO ADIADO

Gabriela Faria, 17 anos, tirou 980 na redação do Enem 2019. (arquivo pessoal)

Mas mesmo com tanto esforço, dedicação e um "notão", nem sempre o sonho é conquistado. Que o diga Gabriela Faria, de 17 anos, tirou 980 na prova de redação. Aluna do UP, quer cursar Medicina na Ufes. "Minha nota fou razoável, mas não vou conseguir. A nota de corte para entrar na Ufes fica entre 790 a 800. E como as minhas outras notas não foram tão altas, não terei o suficiente", desabafa. Ela pretende fazer cursinho novamente. "Medicina é  um curso que a gente sabe que fica agarrado alguns anos", pondera.

Ela conta que estudou muito, mas relata que o tema deste ano a pegou de surpresa. "Foi difícil, fora do esperado", conta.  Gabriela conta que  estudou muito ao longo do ano.  "Estudei muito e tinha ido bem quando fiz a prova  no segundo ano. Agora a Redação estava difícil, não era o tema esperado", diz.

Julia Gava,  17 anos, tirou 980 na redação do Enem 2019. (arquivo pessoal)

É uma situação semelhante a de Julia Gava, 17 anos, que também almeja o curso de Medicina. Estudante do colégio Salesiano, ela alcançou 980 pontos na redação. "Fiz uma boa redação, mas não esperava uma nota tão alta. Sempre estudei muito, fiz as redações propostas, e ainda optei por fazer um curso fora da escola nos últimos seis meses, um intensivo, que foi o que ajudou bastante. Além das redações feitas na escola, fazia outras duas no curso. Redação é prática e você vai aprendendo", pontua.

Ela conta que o tema deste ano a surpreendeu. "No início não sabia o que escrever, mas consegui associar com outros temas, como educação e desigualdade", relata. Ela ainda não fez os cálculos de sua nota, mas adianta que conseguiu 815 em Matemática. "O que ajuda na média. A de Linguagens fui bem, com 638. Agora, não sei se as outras pessoas foram bem. Vou me inscrever e tentar Medicina, mas se não for possível conseguir a vaga, tento no próximo ano", conta.

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