Publicado em 29 de fevereiro de 2020 às 11:47
O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) anunciou em sua página no Twitter que 612 imóveis confiscados do tráfico de drogas 'irão em breve' a leilão. No Espírito Santo, são 16 unidades distribuídas pela Grande Vitória. Entre as opções, há ponto comercial em Jardim da Penha, na Capital; apartamento na Praia do Morro, em Guarapari; casa em Jardim América, Cariacica; e terrenos em Vila Velha e na Serra. >
Moro destaca que a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), braço do Ministério que dirige, oferece informações detalhadas sobre os imóveis, inclusive localização, por meio de um painel georreferenciado para facilitar o acesso dos interessados nesses bens.>
Em todo o país serão leiloados apartamentos, sítios, terrenos, prédio, lotes, chácaras, fazendas, galpões e muitos outros itens em todas as regiões, apreendidos em processos contra organizações criminosas.>
Todo o patrimônio tomado do tráfico está apto à venda imediata pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SCGPU). Moro disse que "a estratégia do Ministério da Justiça e Segurança Pública continua sendo a de acelerar a venda dos bens confiscados do tráfico de drogas.">
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"O crime não pode compensar. Para o cidadão, os leilões são uma boa oportunidade para comprar imóveis e produtos com descontos no preço", argumenta o ministro.
No painel disponibilizado pela Senad podem ser consultadas informações dos imóveis perdidos em favor do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), de forma georreferenciada e desagregada por unidade da federação e cidade.>
A secretaria ressalta que, na prática, o painel reduz a burocracia e facilita que esses bens, perdidos em favor do Fundo, sejam alienados o quanto antes, gerando recursos para políticas antidrogas.>
O site torna as consultas acessíveis para qualquer cidadão interessado, apresentando distribuição por Estado e cidade com alta precisão de coordenadas geográficas.>
"Disponibilizamos essa informação publicamente para reforçar a prioridade na gestão de ativos feita pela Senad. Estamos dando a máxima publicidade aos bens imóveis que estão sob a nossa administração e já estamos em tratativas com a SCGPU para proceder a venda da maioria deles brevemente", diz o diretor de Gestão de Ativos da pasta, Igor Montezuma.>
Ele acrescenta. "Já passamos a relação de 143 imóveis, nas mais diversas localidades, para que a Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União venda ainda nesse ano, conforme acordado entre os dois órgãos."
No painel há informação sobre a documentação judicial completa ou incompleta dos imóveis, indicando, assim, se há pendência com relação aos documentos encaminhados pelo Judiciário à Senad.
>Quando a documentação está completa, o bem, do ponto de vista judicial, já pode ser leiloado, restando a necessidade de verificação dos requisitos e procedimentos administrativos para efetivar sua alienação.>
As informações do painel são dinâmicas, variando conforme a data de sua extração. Quando há novo perdimento de bens em favor do Funad, por decisão judicial, o quantitativo de bens aumenta. Da mesma forma, quando da realização dos leilões, esse quantitativo diminui.>
Os imóveis do Fundo têm origem no perdimento de bens apreendidos em processos criminais relacionados ao tráfico de drogas e demais crimes previstos na Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas).>
Seu registro é realizado no sistema Gfunad (sistema que promove a guarda e gerenciamento de dados dos bens do fundo) a partir das informações encaminhadas pelo Judiciário à Senad.>
Esses bens têm como destinação principal a venda, por meio de leilões, resultando na arrecadação de recursos a serem aplicados em ações e projetos de enfrentamento e prevenção às drogas.>
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