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Imóveis continuam interditados dois meses após incêndio na Vila Rubim

Imóveis continuam interditados dois meses após incêndio na Vila Rubim

Segundo proprietário da loja, intervenções solicitadas pela Defesa Civil estão sendo concluídas. Laudo do Corpo de Bombeiros ainda não foi concluído

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 16:47

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Vila Rubim: dois meses após incêndio, loja e imóveis do entorno seguem interditados. (Isabella Arruda)

Dois meses depois do incêndio que destruiu uma loja de tecidos na Vila Rubim, em Vitória, as residências do entorno, que também foram afetadas, continuam interditadas. Segundo a Defesa Civil Municipal, além do estabelecimento, estão ainda fechados dois prédios, dois sobrados e quatro casas vizinhas ao imóvel. Para a liberação, o proprietário da loja precisa realizar intervenções solicitadas pela Defesa Civil.

As intervenções, segundo o órgão, são o escoramento da laje do galpão dos fundos e escoramento do mezanino da loja, a demolição das áreas comprometidas e recuperação dos imóveis atingidos. Depois disso, o proprietário deve apresentar um laudo técnico que ateste a estabilidade de todos os imóveis afetados, para uma nova vistoria da Defesa Civil que vai definir se as interdições continuarão, ou não.

Segundo o proprietário da loja, Moisés Alves, as intervenções na loja e residências do entorno foram iniciadas no último mês e estão na fase final. Sobre o prédio de 11 andares, vizinho da loja e um dos mais afetados, os reparos vão demorar um pouco mais. Não há previsão de início ou de conclusão dessas obras na estrutura, segundo Moisés, que afirmou que vai solicitar uma vistoria antecipada à Defesa Civil para a liberação dos demais imóveis.

“Não (tem previsão). O prédio vai ser bem mais demorado, pois foi o mais atingido. A gente vai tentar conversar com a Defesa Civil, pois só vai ficar faltando somente o prédio. Já derrubamos toda a estrutura que tinha risco. Eliminou o risco. Então, acaba a insegurança para as outras casas”, disse.

Em relação aos moradores que tiveram que se mudar do prédio, Moisés afirma que todos moravam de aluguel, e já estão alocados em outras casas. O proprietário da loja disse que deu o suporte para mudança e está realizando o ressarcimento de bens pessoais que foram perdidos.

POR CONTA E RISCO

Apesar da interdição, moradores de casas do entorno já retornaram para suas residências. A dona de casa Márcia Oliveira foi uma delas. Ela mora na rua que fica atrás da loja e disse que teve a liberação da Defesa Civil para o retorno. Sobre os prejuízos, disse que o proprietário do estabelecimento está dando o suporte necessário.

“A Defesa Civil liberou, pelo menos a minha casa, sim. Eu perdi a minha máquina de lavar, mas, já estou em contato com ele, que está vendo o que pode ser feito. Ele está bem solicito com a gente”, disse.

Procurada, a Defesa Civil informou que as residências continuam interditadas, e disse que “em relação ao retorno dos moradores aos imóveis, por se tratar de área particular, eles assumem qualquer tipo de risco ao habitar as residências novamente sem liberação do órgão”.

LAUDO

Com previsão de ser divulgado em 30 dias após o incêndio, o laudo do Corpo de Bombeiros que vai determinar a causa do fogo ainda não foi concluído. Por nota, a corporação justificou a extensão do prazo pela complexidade do caso. Disse ainda que as diligências de campo já foram concluídas, além da tomada da declaração dos envolvidos. No entanto, informou que ainda aguarda um laudo sobre as condições da rede elétrica e que está finalizando a construção textual do laudo. Confira a nota na íntegra:

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O Corpo de Bombeiros Militar informa que o processo pericial do imóvel atingido pelas chamas, na Vila Rubim, em Vitória, ainda está em processo de construção. A complexidade do caso resultou na necessidade de tempo maior que os 30 dias de praxe, para a finalização do processo pericial. As diligências de campo foram todas concluídas, além da tomada de declaração dos envolvidos. O Centro de Atividades Técnicas (CAT) ainda aguarda a entrega de laudo sobre as condições da rede elétrica do local, cujo fornecimento é de atribuição da concessionária de energia, e está finalizando a construção textual do laudo. Após a conclusão do processo de investigação de incêndio, haverá a ação de fiscalização no imóvel, onde será verificada a necessidade de emitir as notificações cabíveis.

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