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O dono do pitbull que invadiu um restaurante em Manguinhos, na Serra, e atacou uma cachorra da raça poodle pode ser punido. A cadela, de 10 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada desta segunda-feira (16). A 11ª Delegacia de Polícia, em Jacaraípe, investiga o caso.
Agentes da Polícia Civil fazem diligências para tentar identificar o responsável pelo pitbull que, de acordo com moradores da região de Manguinhos, já atacou outras vezes.
A dona da poodle, uma idosa, registrou boletim de ocorrência na manhã desta segunda-feira (16). Ela é de Linhares e estava passando o fim de semana na Serra. A idosa se machucou ao tentar salvar a poodle e também foi encaminhada para o Departamento Médico Legal para fazer exame de corpo de delito.
Segundo o delegado Rodrigo Rosa, titular da delegacia em Jacaraípe, os investigadores agora vão apurar se o pitbull atacou por instinto ou se foi atiçado pelo dono. Mesmo que o ataque tenha partido por instinto, o responsável pelo pitbull pode ser punido pelo animal circular sem a focinheira. "Tem uma contravenção penal, que é o crime de deixar o animal bravio (feroz) sem os devidos cuidados, no caso a focinheira", explicou o delegado.
Nesse caso, a pena é prisão de 15 dias, que pode ser substituída por prestação de serviços à comunidade. Entretanto, se os investigadores descobrirem que o ataque foi incentivado, o dono pode responder por crimes ambientais e lesão corporal, já que a idosa se machucou. O crime de lesão corporal culposa, quando não há intenção, tem pena de dois meses a 1 um ano de detenção, que também pode ser substituída.
A dona da cadela, que preferiu não se identificar, contou que ela e uma amiga estavam na parte externa de um restaurante, em Manguinhos. O pitbull atacou a cadela pelas costas. Nem a dona da cachorra nem o garçom do estabelecimento conseguiram fazer com que o pitbull largasse o animal menor. O garçom chegou a dar cadeiradas no pitbull, segundo ela, mas o cachorro saiu correndo com a cadela na boca.
De acordo com a dona da cadela, o pitbull continuou correndo para uma parte da vegetação nativa que fica na praia e largou a cachorra lá, achando que estivesse morta. "Um homem de bicicleta pegou, colocou ele em uma coleira e o carregou embora. Vimos quando ele passou pela gente. Gritamos, mas ele não parou. Uma mulher viu que nossa cachorrinha estava viva ainda, colocou ela no carro e levou pra gente", relatou em entrevista para A Gazeta.
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