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De beleza exótica, borboleta chama atenção em Pedra Azul, no ES

De beleza exótica, borboleta chama atenção em Pedra Azul, no ES

Vídeo registrado pelo arquiteto Emílio Caliman encanta; especialista explica as peculiaridades da espécie

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 20:47

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O vídeo acima, que circulou na internet nos últimos dias, mostra uma borboleta azul brilhante voando em meio a uma área de vegetação, em Pedra Azul, Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo. Quem viu as imagens se encantou com a vividez e a mudança das cores das asas do inseto – e A Gazeta foi atrás de uma explicação para tanta beleza.

De acordo com o biólogo e professor universitário Marcelo Teixeira Tavares, várias espécies de borboleta do gênero Morpho têm essa aparência. “Esses tons de azul, quase púrpura, são produzidos pelo efeito da reflexão e da refração de diferentes comprimentos de ondas de luz, que incide na parte dorsal das asas”, esclareceu.

A explicação com alguns conceitos de física traz ainda uma característica chamada “iridescência”, que é a capacidade de refletir as cores do arco-íris. Especificamente no caso desta borboleta, o azul, o anil e o violeta. “Os pelos em formato de escamas têm essa propriedade e acabam gerando esse tom metálico”, continuou explicando o biólogo.

Segundo ele, não é possível garantir qual é a espécie que aparece no vídeo, mas a probabilidade de ser um macho é grande, já que a coloração neles é mais intensa, justamente com o intuito de atrair as fêmeas para acasalamento. Frequentes nas Américas do Sul e Central, essas borboletas são cada vez menos comuns porque vivem em áreas de matas preservadas.

E foi justamente em meio a um pedaço da natureza de Pedra Azul, que o arquiteto Emílio Caliman fez o vídeo na manhã da última sexta-feira (14). “Eu já tinha visto ela antes, mas dessa vez, quando estava voltando de uma obra, vi de novo e parei o carro. Como ela é relativamente grande, não é muito rápida e deu tempo de filmar”, contou.

Apesar de não ser a primeira vez que a avistou, a borboleta encantou o arquiteto como se fosse inédita. “É impressionante a cor, que vai mudando entre o azul e o lilás. Presenciar coisas como essa é que me fez voltar para essa região depois de me formar em Vitória. Ficar perto da natureza me inspira", finalizou.

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