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Coronavírus avança de bairros nobres para regiões periféricas do ES

Coronavírus avança de bairros nobres para regiões periféricas do ES

Dados revelados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) atestam que a doença se concentrou inicialmente nos bairros nobres da região metropolitana

Publicado em 18 de abril de 2020 às 15:23

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Data: 07/01/2020 - ES - Vitória - Vista de Jardim da Penha - Imóveis perto de faculdades para investir - Editoria: Imóveis - Fernando Madeira - GZ
Vista de Jardim da Penha, em Vitória. (Fernando Madeira)

O percurso de disseminação do novo coronavírus começou pelos bairros nobres e agora segue para as regiões periféricas da Grande Vitória e para os municípios do interior do Espírito Santo. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) revelam que a Covid-19 apresenta o maior número de casos em VitóriaVila VelhaSerra Cariacica.

Fora da Região Metropolitana, o município com mais registros é Linhares, no Norte do Estado. O diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, explicou que a contaminação da doença em solo capixaba segue um comportamento semelhante ao percebido na China, considerado o berço da pandemia.

O Instituto, em parceria com a Sesa e com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), realiza projeções estatísticas sobre o avanço e o comportamento da doença, além de reunir todas as informações sobre o perfil das vítimas em um painel interativo disponibilizado pelo governo do Estado.

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A Covid-19 tem um padrão de disseminação e distribuição espacial que segue a malha logística internacional. Logo depois da China, a doença ficou concentrada na Europa, em países como Itália e Espanha. Agora, estamos observando a migração desse epicentro para os Estados Unidos

Pablo Lira
Diretor-presidente do IJSN
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No Brasil, segundo informou o Ministério da Saúde, os seis maiores coeficientes de incidência por capital (taxa por 100 mil habitantes) estão em Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Manaus (AM), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e Vitória (ES). A pesquisa foi divulgada no último dia 7.

Embora os números apresentem Vitória como destaque em relação ao número de casos, Lira ressalta que o ritmo de crescimento analisado no Espírito Santo não é considerado acelerado. Segundo ele, os registros ficaram concentrados em Vitória e Vila Velha e depois se espalharam para Serra, Cariacica e Linhares.

“No primeiro momento, a doença esteve concentrada na Região Metropolitana, nos bairros mais privilegiados, que são os bairros em que as pessoas realizam mais viagens internacionais ou que fazem contato com quem já viajou para o exterior como Jardim Camburi, Jardim da Penha, Praia da Costa e Itapoã”, detalhou.

O diretor-presidente do IJSN pontuou que no segundo momento, o monitoramento mostrou a disseminação da doença para as regiões periféricas. No entanto, na avaliação dele, o movimento foi percebido de forma lenta. Ele atribuiu a velocidade ao emprego das medidas restritivas como a suspensão das aulas e o fechamento de alguns segmentos do comércio.

“A distribuição dessa doença segue uma hierarquia urbana. Primeiro, chega nas grandes metrópoles e depois vai para os municípios polos. Isso se dá, sobretudo, pela relação dos movimentos populacionais. Às vezes, o contágio acontece durante uma visita ao parente que mora em outra cidade ou durante uma viagem de trabalho.”

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