> >
Coronavírus no ES: entenda por que não há motivo para pânico

Coronavírus no ES: entenda por que não há motivo para pânico

Infectologistas afirmam que não é preciso  se desesperar, mas que cada um tem que fazer a sua parte por meio da higiene

Publicado em 6 de março de 2020 às 20:08

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Coronavírus. (Agência Brasil)

"Não há motivo para desespero, é um vírus respiratório, não temos casos graves aqui e os demais casos no Brasil são registros leves". A afirmação da médica infectologista Rubia Miossi é também compartilhada por outros profissionais da área de saúde. Apesar da confirmação do primeiro caso de paciente com coronavírus no Espírito Santo, a médica diz que é possível evitar que vire uma epidemia no Estado, desde que cada indivíduo colabore.

"As medidas preventivas são individuais. Cada um tem que tomar cuidado com a higiene. Se tiver pânico, isso vai impedir que as pessoas realizem as medidas efetivas para o combate ao vírus. O comportamento do indivíduo deve colaborar", enfatizou Miossi.

Coronavírus no ES - entenda por que não há motivo para pânico

A médica lembrou que todos os casos registrados no Brasil são brandos, ou seja, sem sintomas graves como parada respiratória e febre que não passa com uso de remédio.  "Isso é importante, mas mais importante ainda é ter etiqueta ao tossir, não colocar as mãos em contato com boca,  nariz e olhos, lavar bem as mãos, evitar ir ao trabalho ou andar de ônibus fechado e evitar aglomerações. São atitudes que colaboram", completou. 

O médico e presidente da Sociedade de Infectologia do Espírito Santo, Alexandre Rodrigues, lembra que esta não é a primeira vez que o mundo vive uma epidemia de doença respiratória.  "Há doenças que são transmitidas por vetores, como a dengue, então podemos combater o mosquito. No caso de doença de transmissão respiratória, cada indivíduo tem que evitar a disseminação".

Além de medidas como lavar as mãos com água e sabão - ação que evita diversas doenças respiratórias além do coronavírus - outra dica é não compartilhar objetos como copos, canudos, talheres.  "Embora não seja de forma intensa, o vírus pode ser absorvido pela boca até ao compartilhar um sanduíche", diz Rodrigues.

Quem está com a doença ou a suspeita dela deve ser monitorado para evitar o contato com outras pessoas. "Quem está doente não pode frequentar ambientes com aglomerações. Por vezes, as pessoas não sabem que possuem a doença e vão para o trabalho, por exemplo. Pode ser desde um coronavírus a uma influenza", explica o infectologista.  

Ainda não há um medicamento específico para combater o coronavírus no corpo de um paciente, diferentemente do vírus da Influenza que já possui tratamento específico. O paciente é considerado curado 14 dias desde o início dos sintomas, tempo que deve ser mantido em isolamento domiciliar. 

Rodrigues disse que o coronavírus tem baixos registros com gravidade de quadro de saúde. "Os vírus influenza e coronavírus têm diversidade de quadros clínicos. Porém, os que temos aqui no Brasil, por enquanto, têm se assemelhado com o resfriado. Uma síndrome respiratória aguda grave há a presença de pneumonia, insuficiência respiratória. Uma pequena parcela dos pacientes pode ter uma evolução: 80%  são de quadros leves, 20 % dos  casos são mais graves", completou o médico.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais