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Serviços e comércio puxam economia do ES, que cresce mais que a do Brasil

Serviços e comércio puxam economia do ES, que cresce mais que a do Brasil

Indústria de transformação também teve avanço, fazendo segmento industrial ter resultado positivo

Publicado em 3 de junho de 2022 às 10:06

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Entre janeiro e março de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) capixaba avançou 1,7% na comparação com trimestre anterior. Na comparação internanual, isto é, com o mesmo período de 2021, o crescimento foi de 4,1%. O resultado ficou acima da média nacional (1,7%), seguindo uma tendência observada desde o primeiro trimestre do ano passado, conforme dados apresentados pelo Instituto Jones do Santos Neves (IJSN) nesta sexta-feira (3).

O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas em um determinado local. O crescimento da economia do Espírito Santo nos primeiros três meses deste ano se deu principalmente por causa do avanço do setor de serviços, que cresceu 9,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021, sob efeito do acréscimo de 33,3% nos serviços prestados às famílias, por exemplo. 

O coordenador de Estudos Econômicos do instituto, Antônio Rocha, observa que esse foi um segmento fortemente impactado pela pandemia da Covid-19, e que vem retomando o nível de normalidade. O segmento de transportes, serviços auxiliares e correio, por sua vez, avançou 13,8%.

Movimento de pessoas no comércio da Glória, em Vila Velha
Movimento de pessoas no comércio da Glória, em Vila Velha. (Ricardo Medeiros)

O comércio varejista ampliado, que comporta, por exemplo, lojas dos mais diversos tipos, teve um crescimento médio de 5,1%, com avanço de 8,8% no varejo restrito e aumento de 0,4% nas vendas de veículos, motocicletas, partes e peças, que tem um peso significativo nos resultados gerais do setor.

"Há um destaque também para a comercialização de produtos de supermercados e hipermercados, que cresceu com dois dígitos também, e o varejo ampliado, que representa a parte de veículos, partes e peças e também material de construção, que apresentaram um desempenho significativo", destacou Rocha.

A indústria geral também teve um comportamento positivo, com avanço de 1,6%, puxado principalmente pela expansão de 7,5% na indústria de transformação. Um dos segmentos que apresentou crescimento, por exemplo, foi a indústria de alimentos. A indústria extrativa, por outro lado, teve queda de 10,8%, sob efeito, entre outros fatores, da queda na produção de petróleo e gás no Estado, com o inevitável amadurecimento de poços e queda nos investimentos.

Também houve crescimento nas atividades de comércio exterior. Entre janeiro e março, as exportações aumentaram em 18,65% e as importações subiram 62,82%. A corrente de comércio como um todo avançou 37,43% no trimestre. 

Além disso, diversas produções agrícolas registraram aumento, como é o caso do café conillon (3,3%), café arábica (+28,4%), pimenta-do-reino (4,0%), entre outras.

A estimativa do PIB nominal do Espírito Santo no primeiro trimestre de 2022, em valores correntes, foi de R$ 39,8 bilhões e totalizou R$ 156,6 bilhões no acumulado em quatro trimestres.

O diretor de Integração do IJSN, Pablo Lira, observa que o desempenho da economia capixaba acima da média nacional é traduzido para a população com geração de emprego. De fato, no primeiro trimestre deste ano, foram criados 13.481 novos postos de trabalho formais, isto é, com carteira assinada, no Espírito Santo.

“No ano de 2021, o Espírito Santo bateu recorde na geração de emprego com saldo de mais de 53 mil postos de trabalho e, nesse primeiro trimestre de 2022, registra saldo positivo com mais de 13 mil postos de trabalho, com aumento da renda real e redução do desemprego, redução da pobreza também, conforme demonstram dados do IBGE. O crescimento da economia capixaba possibilitam uma melhoria na qualidade de vida da população.”

Para os próximos trimestres, a perspectiva é de que a economia capixaba continue a crescer acima da média do Brasil. Entretanto,  há alguns pontos de atenção, como a economia externa, o conflito entre Rússia e Ucrânia, o ano eleitoral e, ainda, a inflação, que são fatores que podem impactar os resultados.

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