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PM e bombeiros: nova regra vai facilitar aposentadoria no ES

PM e bombeiros: nova regra vai facilitar aposentadoria no ES

Governo do Espírito Santo disse que vai enviar projeto para reduzir pedágio para quem ingressou nas corporações antes de 2007. Com isso, o número de militares que entram na reserva até o final deste ano passará de 215 para 390

Publicado em 18 de outubro de 2022 às 10:59

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O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) anunciou nesta terça-feira (18), por meio das redes sociais, que encaminhará à Assembleia Legislativa do Estado (Ales) um projeto de lei que altera as regras de Previdência e reduz o pedágio para aposentadoria de policiais militares e bombeiros militares estaduais.

A regra de transição prevê que os militares que estão na ativa precisarão cumprir pedágio de 17% em relação ao tempo que faltar para atingir o tempo mínimo de serviço de 30 anos, reduzindo a expectativa de tempo de serviço restante para quem ingressou antes de 2007.

Bombeiros e policiais militares atendem ocorrência no bairro Bonfim após criminosso incendiarem um carro de reportagem da TV Tribuna
Bombeiros e policiais militares atendem ocorrência no bairro Bonfim após criminosso incendiarem um carro de reportagem da TV Tribuna. (Vitor Jubini)

Reformas anteriores estabeleceram que quem ingressou na carreira militar antes de 2007 e aderiu a remuneração por subsídio, aumentaria seu tempo de serviço por meio de um pedágio de 50%. Já para aqueles que ingressaram a partir de 2008, o tempo de serviço passou a ser fixado em 35 anos.

Mas, em 2019, com a Reforma da Previdência dos Militares da Forças Armadas e Forças Auxiliares, a regra foi unificada e todos passaram a trabalhar 35 anos de serviço, implantando-se uma regra de transição, com pedágio para a aposentadoria de 17% sobre o tempo restante para a aposentadoria aos 30 anos de serviço.

Se um profissional tivesse 28 anos de serviço, por exemplo, precisaria cumprir mais dois anos e pagar um pedágio de 17% sobre esse período. Pelas regras atuais, um militar que aderiu ao sistema de subsídios precisaria ficar quase três anos a mais trabalhando.

Candidato à reeleição, o chefe do Executivo capixaba informou que o texto permitirá adequar a legislação estadual às regras adotadas em outros Estados e  pelas Forças Armadas. “Vai ser importante porque vai oxigenar a carreira militar. Vai permitir que a gente tenha fluxo na carreira militar. E isso resolverá problemas de injustiça de profissional que está há muito tempo na mesma função e na mesma patente.”

Em abril, coronéis da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) chegaram a fazer uma série de críticas e cobranças ao governo e à gestão da Corporação, e chegaram a enviar uma carta solicitando a solução de demandas como reajuste salarial, mudanças na escala e alterações nas regras de Previdência.

“Somos uma das polícias mais mal remuneradas do país (últimas posições em 27 Estados) e com Previdência divergente do Sistema de Proteção Social (lei 13.954), com abate teto consumindo a remuneração dos nossos postos, deixando no mesmo patamar um coronel aposentado e um major da ativa antigo. Um soldado está penando para pagar suas contas. Tudo isto num estado com nota A no Tesouro", dizia o documento assinado por nomes do Alto Comando da PM.

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