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Pedras de até R$ 1,3 mil por metro quadrado em feira de mármore no ES

Pedras de até R$ 1,3 mil por metro quadrado em feira de mármore no ES

Pedras raras, semipreciosas e únicas estão expostas até a próxima sexta-feira (14) na Vitória Stone Fair, na Serra

Publicado em 12 de fevereiro de 2020 às 05:01

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Vitória Stone Fair 2020: espaço com banheira feiro com Cristallo del Mare da Borchardt. (Siumara Gonçalves)

Pedras de tirar o fôlego e com as mais diversas aplicações. A 49ª edição da Vitória Stone Fair, que começou nesta terça-feira (11) e vai até sexta (14), na Serra, trouxe novidades para o setor de rochas ornamentais tanto em tecnologia, como em novos materiais. Entre as novas peças está um quartzito com cristal chamado Cristallo Del Mare. A placa da pedra chega a custar, aproximadamente, R$ 8,6 mil.  Em metro quadrado, seriam comercializadas a R$ 1,34 mil cada.

Segundo Lindolfo Borchardt, gerente de vendas da Borchardt, responsável pela peça, a pedra vem de uma mina na Chapada da Diamantina, em Minas Gerais. Cada placa vendida pela empresa de Baixo Guandu tem três centímetros de espessura por 3,2 metros  de altura e 2 m de largura custa US$ 2 mil (com a cotação do dólar a R$ 4,32, cerca de R$ 8,6 mil).

Internacionalmente conhecida como Marmomac Latin America,  a Vitória Stone Fair reúne mais de 200 expositores nacionais e internacionais. A nova edição, que acontece no Pavilhão de Carapina, tem expectativa de receber 18 mil pessoas de 50 países  durante a programação.

O Espírito Santo é o maior exportador de rochas ornamentais do país. No ano passado, o setor do Estado movimentou mais de US$ 1 bilhão em exportações.

Vitória Stone Fair 2020: Black Cristal da Magban. (Siumara Gonçalves)

Outra das atrações da Vitória Stone Fair é um material comercializado pela cachoeirense Magban, o Black Cristal. Ramos verdes de cristais dividem o espaço da peça com turmalinas pretas. A peça é extraída de uma pedreira que fica em Minas Gerais e comercializada principalmente para a China. Em média, o metro quadrado da chapa com 2 cm de espessura sai a US$ 200 (R$ 860). Segundo a empresa, a rocha tem uma formação rara e é composta por pedras semipreciosas.

Na feira, também há espaço para materiais diferentes, que, na verdade, não são mármore e nem granito, mas chamam a atenção pela beleza e valor. O empresário José Francisco, por exemplo, tem uma empresa na Serra que produz placa de pedras a partir de semijoias. As peças são usadas para a ornamentação. Em média, o metro quadrado do Green Gold, um cristal incolor que é irradiado e queimado no forno, custa US$ 2,8 mil (R$ 12 mil). "Foi uma técnica que desenvolvi. Pego pedaços de pedras e monto em painéis", conta.

O empresário José Francisco cria projetos com pedras. (Siumara Gonçalves)

TRONO DE FERRO E BANHEIRA LUXUOSA

Neste ano, as empresas de rochas ornamentais resolveram inovar nos seus stands. Uma delas trouxe uma reprodução do trono de ferro da série Game of Thrones. As espadas são feitas com as lâminas de tia, que realizam o corte das pedras, e todo o entorno é ornamentado com mármore da empresa Amagran.   

Outra novidade é uma banheira feita de um bloco inteiro de mármore Donatello da empresa Corcovado. A obra foi esculpida com uma máquina que usa tecnologia tridimensional para confeccionar designes únicos. Ela pesa 680 kg e demorou seis meses, da pedreira até a finalização, para ser produzida.  O preço dela está estimado entre R$ 70 e R$ 90 mil.

Em termos de tecnologia de corte de chapas, a Gramazini vem desenvolvendo maneiras de chegar a placas cada vez mais finas. Segundo Jhonatan Thomazini, diretor financeiro da empresa, a capixaba está de olho nas vendas para serem uso em shoppings e aviões. "Já produzimos placas de 1 cm de espessura e agora estamos testando em 0,8 cm. Queremos fabricar chapas ainda mais finas."

Vitória Stone Fair 2020(Siumara Gonçalves)

MERCADO NACIONAL DE COMPRA DE ROCHAS DEVE AQUECER

O mercado internacional vem mudando seu gosto por rochas ornamentais. Os Estados Unidos, por exemplo, estão consumindo pedras com tons mais homogêneos e pasteis. Já o mercado europeu ainda aposta nas pedras mais exóticas. O arquiteto e designer de interiores Rômulo Pegoretti, que assina o stande da Magban, explica que essa é uma tendência americana. 

Outras empresas do setor apostam ainda no aquecimento do mercado interno para o consumo de rochas. Por isso, estão começando a comercializar pedras que antes eram apenas exportadas.

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