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Páscoa: ovos de chocolate são vendidos até 50% mais baratos

Páscoa: ovos de chocolate são vendidos até 50% mais baratos

Marcas antecipam promoções e facilitam compras para aumentar vendas; supermercados devem comercializar menos unidades em 2020

Publicado em 4 de abril de 2020 às 18:29

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Marca de chocolates capixaba aposta em novo produto durante a quarentena
Fábricas de chocolate já trabalham com descontos para atrair o consumidor. (Divulgação)
Selo para campanha apoie o capixaba -  empreendedores

A Páscoa de 2020 não será igual àquela que passou. Em meio ao isolamento por causa do coronavírus, o tradicional almoço em família precisou ser cancelado e o comércio já percebeu que a compra de ovos de chocolate não está entre as prioridades dos consumidores.

Páscoa: ovos de chocolate são vendidos até 50% mais baratos

Faltando alguns dias para o feriado mais doce do ano, lojistas e supermercados começaram a trabalhar com preços diferenciados, com o objetivo de aliviar os estoques e aquecer as vendas. Há casos em que os descontos podem chegar a 50%. É bom lembrar que, para o segmento de chocolates, essa é considerada a melhor época do ano, como é o Natal para o comércio.

A Cacau Show começou a trabalhar com descontos progressivos que vão de 30% a 50%, se o cliente levar mais de um ovo para casa. Além disso, será possível parcelar as compras em até seis vezes, com parcela mínima de R$ 30. A sócia da loja que funciona no Masterplace e que também tem outras três unidades, Hevelyn Falqueto, lembra que, anteriormente, as parcelas precisavam ser de no mínimo R$ 60.

“A marca sempre trabalhou com a possibilidade de descontos em dias específicos, o que era chamado de 'chocofriday'. Agora, é possível comprar o produto mais barato desde a última segunda-feira. A parcela mínima também reduziu, bem como o número de vezes que a compra pode ser paga”, afirma Hevelyn.

Segundo ela, antes da pandemia do coronavírus, havia uma grande expectativa dos comerciantes para as vendas de ovos de chocolate. Hevelyn afirma que, apesar do cenário econômico ter mudado por causa do fechamento das lojas, ela se mantém otimista.

“Ficamos com as lojas fechadas por conta do isolamento social decretado pelo governador do Estado. Durante esse período, fomos obrigados a nos reinventar, começamos a trabalhar com delivery e vendas on-line. Apesar de tudo, estou otimista porque o brasileiro costuma deixar tudo para última hora”, afirma.

O diretor dos supermercados Carone, William Carone Júnior, observa que a pandemia fez com que os consumidores ficassem mais preocupados em adquirir produtos de higiene, limpeza e de primeira necessidade e que as vendas de ovos de chocolate ainda estão bastante tímidas.

Segundo ele, a rede comprou menos produtos de Páscoa em 2020, pois a queda nas vendas já havia sido registrada em anos anteriores.

“Percebemos que, a cada ano, as pessoas passaram a consumir mais ovos de chocolate artesanais, deixando de comprar das grandes marcas. A crise da pandemia de 2020 mostrou que os clientes estão deixando o supérfluo de lado. De maneira geral, as vendas ainda estão tímidas e, para esta Páscoa, devemos fazer algum tipo de ação conjunta com os fabricantes para atrair o consumidor”, afirma o diretor.

O Grupo Coutinho, controlador das marcas Extrabom, Extraplus e Atacado Vem, prevê que as vendas da Páscoa 2020 terão um desempenho igual ao ano passado. Antes do coronavírus, a rede havia previsto um aumento nas vendas.

Em nota, a empresa informou que tem registrado boa procura de chocolates e que já trabalha com promoções. Só para se ter uma ideia, na compra de um ovo de Páscoa das marcas Nestlé ou Garoto, o segundo é comercializado com 50% de desconto. Segundo a rede de supermercados, os preços se mantiveram estáveis com relação a 2019.

O diretor do Sindicato da Indústria de Produtos de Cacau e Balas, Doces e Conservas Alimentícias do Estado do Espírito Santo (Sindicacau) e proprietário da Espírito Cacau, Paulo Roberto Gonçalves Pereira, ressalta que os ovos de chocolate estão mais baratos do que o ano passado, apesar da alta do dólar.

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“As vendas este ano ainda estão tímidas, pois o consumidor está mais preocupado em comprar produtos de primeira necessidade. O decreto do governador que autorizou a abertura das lojas de rua deve ajudar. Entretanto, vendemos mercadoria para lojas especializadas na comercialização de itens para fabricação de ovos artesanais e, como estavam fechadas, elas estão com o estoque todo parado. Acredito que os trabalhadores informais serão os mais prejudicados nesta Páscoa, porque não devem conseguir deixar tudo pronto em tempo hábil. Estamos fazendo de tudo para amenizar os efeitos da crise”, destaca Pereira.

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