Estagiária de Economia / [email protected]
Publicado em 22 de junho de 2021 às 12:57
“Aceita Pix?” Essa frase é usada cada vez mais entre consumidores e marcas na hora de pagamentos, e até entre amigos para fazer pagamentos. O Pix permite que recursos sejam transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. >
A modalidade é prática e rápida, e em menos de um ano conquistou 45% da população adulta do Brasil, segundo dados do Banco Central. Com a adesão crescente pela novidade, os usuários precisam se preocupar com golpes. >
Uma informação que circula nos aplicativos de mensagem alerta para um novo golpe. Uma pessoa afirma que enviou um Pix errado pela modalidade agendada. O valor era para ser transferido para outra conta, mas acabou indo parar supostamente na conta de outra pessoa. O golpista diz que a transação está agendada, mas que o dinheiro já saiu da conta dele, e pede para aquele que recebeu errado para devolver o valor antes de o recurso ser creditado (veja na imagem abaixo).>
Segundo o Banco Central, alguns golpistas realmente têm se aproveitado dessa facilidade para enganar o correntista. Mas que ainda são poucos bancos que oferecem o serviço por agendamento. Então o uso em massa desse golpe, como ocorrem em outros casos, como aqueles pelo WhatsApp, ainda é um boato.>
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Ainda não são todos os bancos que aderiram ao Pix agendado, mas a funcionalidade passará a ser uma oferta obrigatória pelos bancos a partir de 1º de setembro, então é preciso ficar atento. >
O agendamento funciona da seguinte forma: quando o usuário marca a data e horário para concluir a operação, a transação fica retida na instituição financeira. >
A principal dificuldade em identificar o golpe é que o agendamento não constará no extrato do beneficiário da transferência. Mas o especialista em automação fiscal, Bruno Aguilar, explica que existem algumas formas para os usuários não caírem em nenhuma fraude.>
“Todo golpista utiliza a fragilidade do psicológico das pessoas, o senso de urgência. Por isso, o principal nessas situações é manter a cautela e prudência. Se houve esse contato, a primeira coisa a fazer é verificar as informações dessa transação com a pessoa: o saldo da conta, o extrato do remetente, o número da transferência, e até consultar a instituição bancária do remetente”, orienta.>
O especialista alerta que mesmo que a pessoa envie informações comprovando que o agendamento foi realmente feito, isso não significa nenhuma garantia, já que o Pix agendado pode ser cancelado a qualquer momento. O correntista pode falar para quem o procurar que é só desagendar a operação.>
Bruno Aguilar
Especialista em Automação FiscalEntão, em caso de receber uma mensagem como a da imagem, é fundamental que os usuários aguardem a transação ter ocorrido para conferir o extrato e verificar se não se trata de um golpe. >
O Banco Central alerta que sempre que uma transferência via Pix é realizada, o beneficiário recebe uma notificação em seu aparelho celular. Se não recebeu a notificação, já é um indício de que não houve transação. >
Aguilar afirma que as vítimas desse golpe podem procurar uma delegacia para realizar o Boletim de Ocorrência (BO). “Por isso, é importante que a vítima guarde todas informações, como comprovante do extrato, a chave do Pix utilizada para a transferência e telefone do possível golpista. Tudo isso é importante para que as autoridades possam identificar o criminoso”, explica. >
O Banco Central e a instituição financeira, tanto da vítima quanto na qual o golpista tem conta, também devem ser notificados do golpe. Os usuários podem procurar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) ou na ouvidoria da instituição (lista de ouvidorias).>
Informe os dados da conta que recebeu o dinheiro: número da agência, número da conta e nome do beneficiário e também a chave do Pix. Esses dados aparecem no comprovante da transação.>
Caso a situação não seja resolvida, a vítima pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor (Procon do seu Estado) ou ao Poder Judiciário para buscar reparação do dano.>
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