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Coronavírus pode atrapalhar projetos da construção civil no ES

Coronavírus pode atrapalhar projetos da construção civil no ES

Empreendimentos podem ter o cronograma atrasado por conta do período de isolamento social e alguns podem até ser adiados ou mesmo cancelados pelas empresas

Publicado em 1 de abril de 2020 às 07:29

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Construção civil
Empreendimentos na construção civil podem sofrer com atrasos e até cancelamentos. (Shutterstock)

Que os impactos do coronavírus vão ser sentidos tanto da saúde quando na economia não é novidade. Estima-se um grande número de pessoas infectadas pela doença e um forte impacto nos negócios e empregos. No Espírito Santo, segundo avaliam representantes do setor produtivo, até mesmo investimentos importantes para o Estado podem ser afetados.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Paulo Baraona, destaca que 2020 era o ano em que estava sendo esperada uma grande retomada do setor de construção civil. Mas logo no terceiro mês do ano, tal previsão já foi por água abaixo.

“Essa crise está atingindo todos os setores, e com a construção civil não poderia ser diferente. Algumas obras já sofreram o impacto na diminuição de ritmo, novos projetos já foram paralisados, mas ainda estamos no início dessa catástrofe, observado a situação e com cuidado para não nos precipitarmos”, comentou Baraona.

Segundo o presidente do Sinduscon, ainda é cedo para falar sobre o futuro, mas é certo que haverá desemprego no setor. “Nesse ano começaríamos a tirar o ‘nariz do sufoco’, mas veio essa calamidade. Vai ter desemprego, mas nossa preocupação agora é adotar as medidas definidas pelo governo para proteger nossos colaboradores”, acrescenta.

Por meio de nota, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) informou que entende que a crise do covid-19 terá impacto nas atividades econômicas e no planejamento das empresas, mas que ainda não é possível dimensionar o impacto nos investimentos que foram previstos pelas indústrias.

“O nosso esforço agora é para preservar a saúde da população e minimizar os danos que estão sendo causados, com trabalho permanente nos pleitos que foram encaminhados ao governo do Estado e também às prefeituras. Esses pleitos visam a dar fôlego para as empresas, para preservar os empregos e a atividade econômica, e precisam ser avaliados com velocidade, sob risco de desestruturamos a economia estadual”, acrescenta a nota.

O secretário de Estado de Desenvolvimento, Marcos Kneip, acredita que o coronavírus pode, sim, atrasar alguns investimentos, mas isso não vai impedir a concretização dos empreendimentos previstos.

“Os investimentos das indústrias são feitos pensando em longuíssimo prazo. Pode até ser que alguns cronogramas tenham atraso, mas cancelamentos não tivemos nenhum” afirmou Kneip.

O secretário utilizou a construção da fábrica de papel, a ser construída pela Suzano no sul do Estado. “Não houve nenhum movimento no sentido de cancelar o projeto. Pelo contrário, eles estão querendo começar a obra, porque houve aumento de demanda para o setor de celulose”, conta o secretário.

A Suzano foi questionada sobre o assunto, mas informou que “muita coisa ainda está em avaliação”. A empresa também afirmou que opera com afinco, apesar das restrições impostas pela quarentena para produzir artigos que são essenciais nesse período.

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