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Copom reduz a Selic para 2,25% ao ano, a menor taxa da história

Copom reduz a Selic para 2,25% ao ano, a menor taxa da história

Corte na taxa básica de juros já era esperado pelo mercado diante da desaceleração da atividade econômica por conta da pandemia do coronavírus

Publicado em 17 de junho de 2020 às 18:09

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Com pandemia do coronavírus, diversas economias no mundo vão enfrentar crise e recessão
Com pandemia do coronavírus, diversas economias no mundo vão enfrentar crise e recessão. (Freepik)

O Conselho de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) confirmou um novo corte na Selic nesta quarta-feira (17). Conforme já previam analistas, a taxa básica de juros da economia caiu de 3% ao ano para 2,25%, novamente a menor da história. Este é o oitavo corte consecutivo da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade.

O corte desta quarta da Selic era esperado pela maioria dos economistas do mercado financeiro. Isso porque, com a pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica despencou no Brasil, assim como a inflação. A avaliação era de que o Banco Central seria levado a reduzir novamente a Selic para estimular a economia.

"Em relação à atividade econômica, a divulgação do PIB do primeiro trimestre confirmou a sua maior queda desde 2015, refletindo os efeitos iniciais da pandemia. Indicadores recentes sugerem que a contração da atividade econômica no segundo trimestre será ainda maior. Prospectivamente, a incerteza permanece acima da usual sobre o ritmo de recuperação da economia ao longo do segundo semestre deste ano", observou o Copom em nota.

Em função do corte, o Brasil também passou a registrar juro real (descontada a inflação) negativo. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que, com a Selic a 2,25%, o juro real brasileiro passou a ser de -0,78% ao ano. O país possui agora o 14º juro real mais baixo do mundo, considerando as 40 economias mais relevantes.

A Selic é a taxa de juros básica do Brasil, ou seja, é a usada para o pagamento da dívida pública pelo governo. Ela também influencia as demais taxas de juros dos bancos e altera a rentabilidade de algumas aplicações financeiras como a poupança e outros investimentos mais conservadores.

A taxa é usada pelo Banco Central como ferramenta para controlar a inflação, já que a alta ou a queda dos juros influencia o consumo das famílias e a tomada de crédito no país. Em linhas gerais, quando a inflação está alta, os juros servem para reduzir o consumo e forçar uma queda nos preços. Quando a inflação está muito baixa, o Banco Central reduz a Selic para estimular o consumo.

É justamente esse segundo cenário que está acontecendo atualmente e que levou a esse corte robusto. Com a economia desacelerando rapidamente por conta da pandemia, levando ao aumento desemprego e a redução da renda, o consumo tem caído drasticamente e isso está puxando a inflação brasileira para baixo, ou seja, os preços têm caído.

Na decisão, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. A estimativa para o IPCA em 2020 de 2,4% para 2,00%. No caso de 2021, a expectativa passou de 3,4% para 3,2%. O centro da meta de inflação perseguida pelo BC em 2020 é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%).

Com informações da Agência Estado

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