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Casinha para cliente deixar pet enquanto faz compras é novidade em feira

Casinha para cliente deixar pet enquanto faz compras é novidade em feira

Espaço para animais é acionado por aplicado e é um dos destaques de inovação da Feira do Empreendedor, que termina neste domingo (17) e conta com ideias de negócios que envolvem a tecnologia

Publicado em 16 de julho de 2022 às 13:15

Ícone - Tempo de Leitura 5min de leitura
Casinha inteligente para os pets
Consumidores podem deixar os cachorros na casinha. (Rodrigo Gavini)

Uma casinha é colocada do lado de fora de um estabelecimento para que os clientes possam deixar os cachorros e fazerem suas compras sem se preocupar com a segurança do bichinho. A porta do compartimento é aberta somente por aplicativo e pela pessoa que acionou o serviço. Dentro da casinha, que atende animais de todos os portes, tem câmera, ventilação e controle da temperatura.

A inovação é um dos destaques da Feira de Empreendedorismo do Sebrae, que vai até domingo (17), no Pavilhão de Carapina, na Serra. O modelo foi desenvolvido pelo engenheiro mecânico Georges Ebel, de São Paulo. A ideia surgiu quando ele precisou ir ao mercado e deixou seus dois cães amarrados do lado de fora da loja. Depois de um tempo, um ficou andando pela rua e o outro entrou correndo no estabelecimento. Foi assim que ele aproveitou a oportunidade, desenvolveu a casa inteligente para bichos e criou a PetParker.

“Qualquer estabelecimento que não permita a entrada de animais, como supermercados e farmácias, pode comprar o produto para facilitar a vida do consumidor, que poderá deixar o cachorro em segurança e gastar mais tempo para fazer suas compras”, comenta a coordenadora da área de operações da PetParker, Gisele Manchini.

O proprietário do negócio poderá pagar uma mensalidade para usar a casinha ou ter uma empresa que patrocine a instalação do equipamento. A Rede Gazeta, por meio do hub Fonte, é parceira para expansão da operação no Espírito Santo. O objetivo é desenvolver novos negócios que tenham inovação e que possam trazer novos valores para o Estado.

ENERGIA SOLAR

A energia fotovoltaica, ou solar, é uma das apostas para o futuro. Essa é uma fonte de energia renovável e limpa que utiliza a radiação solar para gerar eletricidade. O superintendente do Sebrae/ES, Pedro Rigo, destaca que até 2040 essa tecnologia será a principal matriz energética no país.

Feira do Empreendedor Pavilhão de Carapina
Feira do Empreendedor Pavilhão de Carapina. (Rodrigo Gavini)

“É necessário fortalecer este segmento. Além da empresa que faz a instalação, é necessário ter outras que façam manutenção e limpeza, por exemplo”, comenta.

Quem apostou nessa tecnologia foi Rafael de Castro, sócio-proprietário da Aruna. A empresa faz a instalação da energia fotovoltaica e ainda participa de outras iniciativas para alavancar ainda mais os negócios.

Um deles é um projeto de pesquisa, em conjunto com a Ufes e a Fapes, para desenvolver uma tecnologia capixaba. Castro comenta que os equipamentos são comprados fora do Brasil e que o estudo faz parte de trabalhos para o futuro.

Ele também criou uma startup, a Pipesun, que atua com a venda de um software de gestão para empresas que atuam no ramo. O sistema faz a gestão comercial, gera proposta, faz lista de materiais, controle financeiro, entre outros.

“Temos a segunda conta de energia mais cara do mundo e, nos últimos meses, os valores aumentaram ainda mais para o consumidor. A tecnologia da energia fotovoltaica se desenvolveu muito e chegou a um preço que o retorno do investimento ocorre em até cinco anos, tornando-se viável para muitas empresas e residências", comenta Castro.

TENDÊNCIAS

Outro destaque da Feira do Empreendedor é o espaço Tendências, com seis áreas inovadoras que podem gerar negócios com grande potencial de crescimento. O primeiro deles é o Valor Conhecimento, ou seja, quando o profissional, além de sua empresa, compartilha com outras pessoas aquilo que sabe.

Feira do Empreendedor Pavilhão de Carapina
Espaço tendências na Feira do Empreendedor . (Rodrigo Gavini)

“Isso ajuda a ampliar o faturamento. Neste quesito estão: aprender, aplicar, gerar e ensinar. Um bom exemplo é um artesão que vende seus produtos e ainda dá aulas para quem quer aprender o mesmo ofício”, destaca o idealizador do Espaço, Marcelo Pimenta.

O Poder dos Nichos é outro segmento em destaque no local. A ideia, neste conceito, é que o empreendedor não tenha concorrentes, se especializando em nichos em que somente ele atua. 

“Posso citar como exemplos uma confeitaria especializada em pudim. Lá só vende esse doce nas mais diversas variações. Outro modelo é um bar só para mulheres. Como é possível perceber, há possibilidade de inovar a partir de uma escolha especializada”, afirma.

A terceira ideia gira em torno da Conexão com a Natureza. Pimenta ressalta que as pessoas, hoje em dia, estão cada vez mais consumindo produtos naturais, como os orgânicos e sem conservantes.

Nesse modelo, é possível trabalhar com arroz biodinâmico, que tem um valor nutricional elevado e é produzido de acordo com as faces da lua ou ainda tecidos tingidos com beterraba. “Estão em alta o autocuidado e a qualidade de vida. Por isso, o modelo dessa tendência visa a conectar a natureza e gerar negócios”, comenta Pimenta.

O quarto modelo potencial é voltado para negócios que chamamos de Circularidade, ou seja, aproveitar aquilo que seria jogado no lixo. Pimenta lembra que, em nosso planeta, não existe o "fora", tudo vai para algum lugar.

“Tudo se aproveita. Em São Paulo, há um shopping que vende produtos de segunda mão, outro que faz o reaproveitamento da água da chuva e até um chef que faz bolinhos com a casca da banana e farofa com a folha da beterraba. A ideia neste segmento é fazer a economia circular”, ressalta.

Há ainda a tendência de negócios destinados exclusivamente para Longevidade. Como lembra Marcelo Pimenta, as pessoas estão vivendo mais e, quanto mais cedo surgirem oportunidades destinadas a este nicho, melhor.

Entre os exemplos listados pelo idealizador do espaço estão agências de turismo especializadas em passeios para terceira idade e escolas de inglês que não aceitam alunos com menos de 50 anos.

Por fim, outra tendência são os negócios colaborativos, como um salão de beleza que vende chá ou hotel que comercializa os produtos servidos no café da manhã. “São negócios que se complementam e oferecem um mundo de possibilidades. O consumidor quer facilidade e por que não diversificar?”, finaliza.

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