Publicado em 14 de outubro de 2020 às 11:12
Criada em 2008, em Vila Velha, a Wine se prepara para abrir capital na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A empresa de e-commerce especializada na seleção, indicação e entrega de vinhos ao redor do país, planeja levantar cerca de R$ 1 bilhão em sua oferta pública inicial de ações (IPO). >
Segundo cronograma divulgado no último dia 8, a companhia, que hoje conta com 1 milhão de clientes em seu site, e mais de 178 mil sócios do clube Wine, deve iniciar as negociações de ações na Bolsa em 6 de novembro. Elas serão listadas sob o código WNBR3.>
Para esta sexta-feira (16), porém, está previsto o início do período de reserva de ações por investidores interessados. A previsão, até então, é que cada ação custe entre R$ 8,50 e R$ 10,50. Já o valor mínimo de pedido de investimento é de R$3 mil por Investidor da Oferta de Varejo, e R$1 milhão por Investidor Private. >
A oferta primária será de 57,7 milhões de novas ações ordinárias. Já a oferta secundária, será de 16 milhões de ações.>
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Apesar da abertura de mercado, as gestoras EB Capital e Península continuarão sendo as maiores acionistas após a operação, com o controle do negócio, conforme a empresa tem dito a investidores nas reuniões iniciais sobre a oferta.>
Os bancos coordenadores da operação são Itaú BBA, BTG Pactual, Bank of America e XP Investimentos. Parte dessas instituições também será responsável por ampliar a oferta de ações da companhia, levando-a ao mercado exterior, a começar pelos Estados Unidos.>
Em expansão, a empresa viu suas vendas dispararem no primeiro semestre deste ano, principalmente após o início da pandemia. A Wine registrou aumento de 26,4% na receita líquida total até 30 de junho, quando comparado ao mesmo período de 2019. No primeiro trimestre, período anterior à pandemia, o crescimento de receita líquida de 12,1%.>
Esse crescimento, segundo o estrategista chefe da APX Investimentos, Tiago Pessotti, é um dos fatores que tornam a decisão de abrir o capital tão interessante. >
A pandemia ajudou a fomentar de vez o e-commerce no país, e deve se tornar uma tendência que empresas que nasceram dessa forma entrem na Bolsa. Mas, a Wine tem um modelo de negócios bastante interessante, que chama a atenção do investidor. É um dos maiores clubes de vinhos do mundo, e o maior da América Latina. Então, ela tem uma relevância.>
Outro fator importante, conforme destacou o estrategista chefe da APX, é o fato de que boa parte dos recursos que a empresa captar devem ser investidos na expansão do negócio, tanto por meio de investimentos em tecnologia, quanto em marketing, logística, ampliação das físicas, e aquisição de novas empresas.>
A perspectiva de crescimento do negócio, além do fato de que os investimentos em renda fixa andam compensando pouco para quem busca rendimentos, pode tornar a aplicação atrativa. Pessotti destacou que a empresa pode captar entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão na oferta pública inicial de ações (IPO).>
A empresa deve passar a valer cerca de 1,3 bilhão após a conclusão da operação. E é um ponto importante de se observar porque a gente não via muitas empresas que nasceram no e-commerce operando na Bolsa.>
Em cumprimento a orientação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Wine informou que está em período de silêncio, e, portanto, não comentará sobre o assunto.>
A Wine é um clube de assinatura e e-commerce de vinhos, que opera através de um modelo direto ao consumidor e uma plataforma omnicanal abrangente, incluindo assinatura, e-commerce (via Wine e Vinho Fácil), B2B (tanto no mercado on-trade, que contempla bares, restaurantes e hotéis, quanto no mercado off-trade, representado por supermercados, quiosques e lojas de varejo), lojas físicas e eventos. >
Foi criada em Vila Velha, em 2008, e, dois anos depois, lançou o clube Wine, programa de assinatura em que os clientes recebem vinhos em casa com regularidade.>
Em 2011, inaugurou um novo centro de distribuição na Serra. Oito anos depois, em São Paulo (SP). Atualmente, a empresa é situada em Vitória.>
Com crescimento consistente, a companhia decidiu abrir seu capital e negociar ações na Bolsa de Valores brasileira, a B3 (Brasil Bolsa Balcão).>
A Wine pretende levantar cerca de R$ 1 bilhão com o seu IPO, dos quais metade em tranche primária e metade em tranche secundária. >
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