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Publicado em 14 de novembro de 2025 às 16:07
A adulteração em azeites tem mobilizado órgãos e autoridades no país ao mesmo tempo em que acende o alerta para os consumidores. Só em 2025, 25 marcas já foram reprovadas e vetadas pelo governo federal após operações da Anvisa e do Ministério da Agricultura, muitas delas incluídas na lista por conter óleos vegetais de outras espécies, rotulagem irregular ou até fabricação clandestina. >
Diante do volume de apreensões, o Procon-ES orienta sobre como identificar itens fraudados e como agir caso encontre o produto irregular à venda.>
O Procon-ES orienta que o consumidor esteja atento a três pontos fundamentais na hora de comprar azeite: preço, rótulo e registro.>
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O Ministério da Agricultura reforça as orientações do Procon-ES e destaca mais uma: não comprar azeite vendido a granel. >
Segundo Letícia, o órgão tem atuado de forma imediata sempre que uma marca é incluída na lista nacional de irregularidades. >
“Sempre que a Anvisa divulga a retirada de uma marca, nós iniciamos fiscalização in loco para recolher o produto. Só em março, foram apreendidos nove mil litros no Espírito Santo”, explica.>
Ela destaca que o fluxo é contínuo: a partir do momento em que o governo federal confirma a adulteração ou irregularidade, as equipes do Procon percorrem supermercados e atacadistas para impedir a comercialização no Estado.>
Letícia enfatiza que o consumidor tem um papel fundamental no processo de fiscalização: “Se chegar ao mercado e encontrar uma marca já divulgada como irregular, ele deve imediatamente comunicar ao Procon estadual e à Delegacia de Defesa do Consumidor.” >
Comercializar um azeite fraudado é considerado infração grave. Os estabelecimentos podem ser autuados e, mesmo que ofereçam substituição ou reembolso ao cliente, continuam sujeitos a penalidades.>
Além disso, a diretora reforça que a denúncia é essencial: “Mesmo quando o estabelecimento troque o produto, a denúncia precisa ser feita. É ela que nos permite bloquear a circulação do lote e responsabilizar o fabricante”.>
A adulteração, comum há mais de duas décadas, consiste principalmente em misturar azeite de oliva com óleos mais baratos, como soja ou canola, para aumentar o lucro. Desde 2002, organizações de defesa do consumidor testam marcas e alertam para fraudes frequentes no mercado brasileiro. >
Em 2025, a fiscalização atingiu um dos pontos mais altos dos últimos anos, com mais de 70 ações de recolhimento, reforçando a orientação de que o consumidor esteja atento, informado e denuncie sempre que encontrar irregularidades.>
** Este conteúdo é uma produção do 28º Curso de Residência em Jornalismo. A reportagem teve orientação e edição da editora Mikaella Campos. >
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