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Publicado em 1 de maio de 2022 às 14:50
Além do susto vivido após o desabamento de um prédio de três andares que matou três pessoas de uma mesma família e deixou uma sobrevivente, moradores de Cristóvão Colombo, em Vila Velha, vizinhos do imóvel onde ocorreu a tragédia, agora se deparam com uma nova situação: invasões no terreno onde os escombros continuam depositados.>
A técnica em enfermagem Jordana Avancini, de 27 anos, mora em frente ao prédio que desabou e diz que a rua ficou muito mais perigosa após a tragédia. “Nós, moradores, não estamos tendo sossego desde do dia em que o prédio desabou. Está ainda difícil por conta do desabamento e estamos tentando voltar à rotina e dormir em paz, mas está muito difícil”, relata.>
O medo, segundo a moradora, decorre do fato de pessoas estarem invadido propriedades vizinhas para acessar o terreno onde estão os destroços e bens pessoais soterrados no desabamento. “Para terem acesso ao terreno vazio, pessoas acabam tendo acesso a outras residência e, como as casas estão sem os vidros por conta da explosão, os moradores têm que ficar na esquina vigiando para ninguém invadir”, conta Jordana.>
“Ficam vasculhando e, infelizmente, entram em outro quintal, só que não conseguem furtar porque estamos de vigia. Eu entendo que a Guarda não pode ficar aqui parada e não consegue dar conta, mas acho que alguma coisa precisa ser feita”, questiona.>
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Em nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que a Guarda Municipal foi acionada por uma mulher que mora próximo do local. Uma guarnição se dirigiu até a rua do imóvel onde ocorreu a explosão e encontrou um homem no lote. Todavia, como nada de ilícito foi notado, os agentes apenas o orientaram para que não retornasse ao local. >
"Desde quarta-feira (27) foi feito um trabalho de apoio, com equipes da Prefeitura de Vila Velha, coordenadas pela Defesa Civil Municipal, de apoio à perícia e limpeza do terreno, com separação de bens e pertences da família. Desde que as equipes de resgate deixaram o local no dia seguinte ao incidente, a prefeitura montou uma barreira com tapumes, que eram retirados para o período de trabalho da perícia, mas recolocados ao final de cada dia. Estiveram empenhados Defesa Civil, Secretaria de Serviços Urbanos, Secretaria de Planejamento e Obras e Guarda Municipal, que garantiu a segurança no local. O serviço da perícia foi concluído às 16h de sexta-feira (29)", destacou a prefeitura, em nota. >
Um prédio de três andares desabou na Rua Antônio Roberto Feitosa, bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, no dia 21 de abril. Uma câmera de monitoramento na região flagrou o momento exato de uma grande explosão no imóvel antes de o prédio desabar, às 7h14. >
Equipes do Corpo de Bombeiros trabalharam no resgate desde o início da manhã do ocorrido até a madrugada de sexta-feira (22). Quatro pessoas estavam no imóvel que desabou e apenas Larissa Morassuti sobreviveu. Ela ficou um tempo na UTI do Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória, depois foi para uma Unidade Semi-intensiva, e teve alta na última quarta-feira (27).>
Na tragédia, morreram o pai, a irmã e a sobrinha da doceira: Eduardo Cardoso, 68 anos (pai); Camila Morassuti Cardoso, 36 anos (irmã); Sabrina Morassuti Lima, 15 anos (sobrinha de Larissa e filha de Camila).>
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