> >
Vendedor de paçoca faz 'fiado' a motoristas em sinal de Cachoeiro

Vendedor de paçoca faz 'fiado' a motoristas em sinal de Cachoeiro

Elimar Schwanz permite que motoristas paguem pelo doce quando chegarem ao destino; valor sugerido é de R$ 10, mas clientes podem escolher o quanto querem pagar

Publicado em 23 de fevereiro de 2023 às 12:20

Ícone - Tempo de Leitura 1min de leitura
Vendedor de paçoca trabalha 'na confiança' em ruas de Cachoeiro
Vendedor de paçoca trabalha "na confiança" em ruas de Cachoeiro de Itapemirim. (Matheus Martins )

Ver alguém vendendo um produto a motoristas enquanto o semáforo está fechado é algo comum, mas um vendedor ambulante tem chamado a atenção por aceitar receber o pagamento só quando o cliente chega ao destino. É baseado nessa confiança que Elimar Schwanz vende paçocas em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo.

Raro nos dias de hoje, o "fiado" é a ideia central do trabalho dele, que entrega as paçocas no sinal da Rua Bernardo Horta, no bairro Guandu. Junto ao saquinho com dez doces, fica um bilhete de papel, no qual constam os contatos de Elimar e a chave do pix dele, pela qual é possível fazer o pagamento.

Aspas de citação

Eu estou apreendendo muito com este trabalho, trazendo um pouquinho dessa confiança, que hoje em dia é tão rara entre nós. As pessoas ficam bem surpresas

Elimar Schwanz
Vendedor ambulante
Aspas de citação

O preço sugerido pelo pacote é de R$ 10, mas o comprador pode pagar o quanto quiser. “Uma vez recebi R$ 100 de um cliente. Fiquei muito surpreso e feliz, sinto que estou fazendo a coisa certa”, contou Elimar, em entrevista ao repórter Gustavo Ribeiro, da TV Gazeta Sul.

Os motoristas que param no sinal e são abordados ficam surpresos com a iniciativa. “Acho louvável”, disse um motorista, parabenizando o vendedor pela iniciativa.

Vendedor de paçoca trabalha 'na confiança' em ruas de Cachoeiro
Vendedor de paçoca trabalha 'na confiança' em ruas de Cachoeiro. (Matheus Martins )

Todo o trabalho do Elimar é para cuidar do filho de oito anos e realizar o sonho de ser tatuador. “Acredito que essa confiança está faltando muito entre nós, e é muito gostoso quando alguém confia na gente”, afirmou.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais