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Vacina contra a dengue chega a custar R$ 460 em clínicas no ES

Vacina contra a dengue chega a custar R$ 460 em clínicas no ES

Até o fim de dezembro de 2023, o Espírito Santo registrou mais de 190 mil casos da doença, com uma incidência de 4.677,79 casos a cada 100 mil habitantes; saiba mais

Publicado em 3 de janeiro de 2024 às 15:51

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Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue
Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. (Divulgação)

Disponível, por enquanto, apenas na rede particular do Espírito Santo, a vacina contra a dengue chega a custar até R$ 460, sendo recomendada, em geral, para pessoas com idades entre 4 e 60 anos.

Na CVP Vacinas, esse é o preço de cada dose da Qdenga, imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023. Mas, se o cliente adquirir as duas, como indicado no esquema vacinal, pode conseguir um desconto, segundo informou uma atendente do local. Pacientes com idade superior a 60 anos podem ser vacinados se tiverem receita médica com a solicitação.

Além da QDenga, que é indicada independentemente de contato prévio com o vírus da dengue, no site da empresa consta ainda opção de vacinação com a Dengvaxia, já liberada há alguns anos. Esta é recomendada somente até 45 anos, para pessoas soropositivas para dengue.

Já na Clivped, o preço das doses da QDenga varia entre R$ 400 e R$ 450, e a recomendação é para pessoas com até 60 anos.

Mais de 190 mil casos no ES

Até o dia 23 de dezembro, o Espírito Santo registrou 190.108 casos de dengue, com uma incidência de 4.677,79 casos a cada 100 mil habitantes. A contaminação, provocada pelo mosquito Aedes aegypti, levou a 96 óbitos neste período, segundo o boletim mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Para se ter ideia, em 2022, foram confirmados 20,9 mil casos de dengue no Estado, que resultaram em seis óbitos. Isto é, o número de registros cresceu mais que nove vezes entre um ano e outro.

Vacinas na rede pública

A alta incidência de contaminações, que também é observada em outros Estados brasileiros, entrou no radar do Ministério da Saúde, que anunciou a incorporação da vacina da dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Nesta quarta-feira (3), Dourados (MS) se tornou a primeira cidade do Brasil a ter vacinação em massa contra a dengue. O município sul-matogrossense fez uma parceria inédita com o laboratório japonês Takeda, responsável por desenvolver a vacina Qdenga, o que permitiu iniciar a aplicação do imunizante. 

No restante do país, a vacina não será utilizada em larga escala em um primeiro momento. Segundo o Ministério da Saúde, o laboratório Takeda afirmou que tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses. Por isso, a vacinação será voltada a público e regiões prioritárias.

Questionada sobre a distribuição, a assessoria da pasta informou que ainda não há informações sobre para onde as doses serão enviadas neste primeiro momento ou qual será o público prioritário. Ou seja, não há confirmação, até a publicação deste texto, sobre quando ou se as doses serão ofertadas no Espírito Santo.

Em nota divulgada no dia 21 de dezembro de 2023, o Ministério da Saúde informou que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) trabalharia junto à Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) para definir a melhor estratégia de utilização do quantitativo disponível e que “a definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro. Segundo o laboratório, a previsão é que sejam entregues 5.082 milhões de doses em 2024, entre fevereiro e novembro. O esquema vacinal é composto por duas doses.”

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