Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 02:00
- Atualizado há 5 anos
A campanha de vacinação no Brasil teve início há 10 dias, com a aprovação do uso emergencial de duas vacinas pelo Agência Nacional de Vigilância (Anvisa): a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, e a fórmula desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica Astrazeneca. A expectativa é que ela também possa ser produzida no Brasil, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). >
Na manhã do último domingo (24), um lote com mais de 35 mil doses da vacina de Oxford/Astrazeneca chegou ao Espírito Santo. O imunizante usado no combate à Covid-19 está sendo utilizado para imunizar 33.858 profissionais da Saúde que atuam no Estado e fazem parte dos grupos prioritários.>
Conforme explicou o governador Renato Casagrande no Twitter, o Ministério da Saúde e a Fiocruz garantiram enviar uma nova remessa ao Espírito Santo, para dar continuidade à vacinação, com a aplicação da segunda dose.>
Com o início da vacinação no Estado, A Gazeta reuniu as principais dúvidas em relação à vacina. As informações foram extraídas da bula do imunizantes, disponibilizada pela Fiocruz.>
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Na vacina de Oxford, usa-se a tecnologia conhecida como vetor viral geneticamente modificado. Ela é produzida a partir de uma versão enfraquecida de um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés - e que não causa doença em humanos. A esse imunizante foi adicionado o material genético usado na produção da proteína "spike" do Sars-CoV-2 (a que ele usa para invadir células), induzindo à produção de anticorpos.>
Conheça todas os dados disponíveis sobre o imunizante aplicado em profissionais de saúde do ES.
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A vacina Covid-19 (recombinante) é indicada para a imunização ativa de indivíduos a partir de 18 anos de idade para a prevenção da doença do coronavírus (Covid-19).
A vacina possui uma eficácia geral de 70%, que está acima do padrão mínimo exigido pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 50%.
O esquema de vacinação consiste na aplicação de duas doses separadas de 0,5 ml cada, em todos os vacinados. A segunda dose deve ser administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira dose. Recomenda-se que aqueles que receberam a primeira aplicação do imunizante concluam a vacinação com o mesmo composto.
No braço.
Cada dose de 0,5 mL contém 5 × 1010 partículas virais (pv) do vetor adenovírus recombinante de chimpanzé, deficiente para replicação (ChAdOx1), que expressa a glicoproteína SARS-CoV-2 Spike (S). Produzido em células renais embrionárias humanas (HEK) 293 geneticamente modificadas. O produto contém organismos geneticamente modificados (OGMs). Excipientes: L-Histidina, cloridrato de L-histidina monoidratado, cloreto de magnésio hexaidratado, polissorbato 80, etanol, sacarose, cloreto de sódio, edetato dissódico di-hidratado (EDTA) e água para injetáveis.
Como com outras vacinas, a administração da vacina deve ser postergada em indivíduos que estejam sofrendo de uma enfermidade febril aguda grave. No entanto, a presença de uma infecção menor, como um resfriado e/ou febre de baixo grau não deve retardar a vacinação. Como com outras injeções intramusculares, a vacina deve ser administrada com cautela a indivíduos com trombocitopenia, qualquer distúrbio da coagulação ou a pessoas em terapia anticoagulante, uma vez que pode ocorrer sangramento e hematoma após uma administração intramuscular nesses indivíduos. Para essas pessoas, a orientação é consultar o médico para avaliar benefícios e riscos potenciais do uso.
Há dados limitados sobre o uso do imunizante em mulheres grávidas ou mulheres que engravidaram após receber a vacina, portanto, as informações são insuficientes para fundamentar um risco associado à vacina. Além disso, estudos de toxicidade reprodutiva animal não foram concluídos. Como medida de precaução, a vacinação não é recomendada durante a gravidez. O seu uso em mulheres grávidas deve ser baseado em uma avaliação se os benefícios da vacinação superam os riscos potenciais. No caso de lactação, também não há dados que assegurem o uso, por isso, como medida de precaução, é preferível evitar a aplicação quando a paciente estiver amamentando.
Não se sabe se a vacina pode impactar a fertilidade. Não há dados disponíveis.
As reações adversas mais frequentemente reportadas foram sensibilidade no local da injeção; dor no local da injeção, cefaleia, fadiga; mialgia, mal-estar; pirexia, calafrios; e artralgia, náusea. A maioria das reações adversas foi de intensidade leve a moderada e usualmente resolvida dentro de poucos dias após a vacinação. Em comparação com a primeira dose, as reações adversas reportadas após a segunda dose foram mais leves e menos frequentemente reportadas. As reações adversas foram geralmente mais leves e menos frequentemente reportadas em idosos (≥ 65 anos de idade). Medicamentos analgésicos e/ou antipiréticos (por exemplo, produtos contendo paracetamol) podem ser usados para proporcionar alívio das reações adversas após a vacinação, caso apareçam.
Vacinas de Oxford chegam ao aeroporto de Vitória
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