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Publicado em 3 de novembro de 2025 às 17:04
A técnica em enfermagem de 48 anos, internada em estado grave após ser infectada no Hospital Santa Rita, em Vitória, apresentou melhora e foi extubada na última quinta-feira (30). A informação foi divulgada pela infectologista Carolina Salume, coordenadora de Controle de Infecção Hospitalar do Santa Rita, durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (3), na qual também foram apresentados os primeiros resultados sobre a investigação do surto. >
Segundo a médica, a colaboradora era o caso mais grave entre os profissionais afetados. “Ela evoluiu muito bem, foi extubada na quinta e hoje já anda sem oxigênio”, afirmou Carolina. O filho da técnica confirmou a melhora no estado de saúde da mãe. “Está se recuperando. Não deve demorar muito para sair da UTI e ir para o quarto. Imagino que nos próximos dois dias isso aconteça. Ela está apresentando muita evolução no tratamento”, contou.>
Na manhã do dia 26 de outubro, familiares e fiéis realizaram um culto de oração em frente ao Hospital Santa Rita pela recuperação da técnica. A celebração foi conduzida pelo pastor Renato Tavares da Silva, da Igreja de Nova Vida de Porto de Santana, em Cariacica, comunidade da qual a profissional faz parte.>
Durante a coletiva, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que o surto de infecção no Hospital Santa Rita pode ter sido causado pelo fungo histoplasma, geralmente encontrado em fezes de aves e morcegos. O resultado, porém, ainda não é conclusivo, e a investigação continua. Em uma amostra retirada de um bebedouro também foi encontrada uma bactéria, mas o secretário da Saúde, Tyago Hoffmann, explicou que ela costuma causar quadros mais graves do que os observados. Por isso, a principal suspeita é o fungo histoplasma.>
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O diretor do Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen-ES), Rodrigo Rodrigues, destacou que novas coletas serão realizadas para verificar se os pacientes desenvolveram anticorpos que confirmem o contato com o fungo. Ele também explicou que a bactéria foi identificada em apenas uma amostra de água de bebedouro, sem registro em outros pontos da rede nem em pacientes, sendo tratada como um caso isolado.>
Os técnicos do Lacen e da Fiocruz seguem realizando exames complementares, incluindo novas culturas e testes ambientais. O último boletim da Sesa apontou 93 casos suspeitos, com cinco pessoas internadas — duas em UTI. Entre os casos monitorados, há 76 funcionários do hospital, seis pacientes e onze acompanhantes.>
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