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Publicado em 4 de agosto de 2021 às 13:24
A morte de uma jovem de 25 anos por complicações da Covid-19 em Linhares, Norte do Espírito Santo, chamou a atenção para a letalidade nesta faixa etária. Em entrevista ao Bom dia Espírito Santo, da TV Gazeta, o médico infectologista Lauro Ferreira Pinto, afirmou que o risco de jovens morrerem de Covid é "absolutamente aleatório, é loteria" e que os cuidados, como o uso de máscara, não podem ser abandonados. >
Segundo a família, Lorena Maria Soave Rodrigues não tinha doenças pré-existentes. Ela ficou 23 dias internada no Hospital Geral de Linhares (HGL), 20 destes na UTI. De acordo com familiares, a jovem teve uma trombose pulmonar, e acabou não resistindo.>
Sobre isso, o infectologista afirmou que o risco é maior em pessoas mais velhas e em quem tem comorbidades, mas os jovens também podem evoluir para um quadro de óbito.>
“É absolutamente aleatório, é loteria. Claro que o risco maior é em pessoas mais velhas, com comorbidades, mas neste ano de 2021, nós tivemos 1.035 mortes de jovens até 19 anos. Na faixa de 20 a 29 anos, foram mais de 4 mil mortes no país. Os jovens não são invulneráveis, podem ter Covid grave e falecer”, analisa.>
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No Espírito Santo, segundo dados do Painel Covid, da Secretaria de Estado da Saúde, 123 pessoas na faixa etária de 20 a 29 anos morreram de Covid-19 desde o início da pandemia. >
Tanto jovens como pessoas mais velhas podem sofrer com as sequelas da doença. Na avaliação do infectologista, tem se falado muito em consequências que ficam por um longo tempo, após o contágio da Covid-19.>
“Cada vez mais se fala na longa Covid . São pessoas que podem ter depois um quadro de tosse, perda de olfato ou de paladar que perdura por um tempo depois”, explica.>
O médico ainda ressaltou que mesmo pessoas saudáveis podem ter quadros graves com a doença, portanto, é importante o avanço da vacinação e é indispensável o uso de máscara.>
“Ainda não dá para retirar a máscara, nós temos uma nova variante, a Delta. Ela é muito mais transmissível, então esse acessório ainda é necessário, evitar aglomeração ainda é o cuidado da hora”, avalia.>
*Com informações de Diony Silva, da TV Gazeta>
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