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Publicado em 21 de abril de 2025 às 11:42
"Esse sentimento é de que agora nos falta alguém que é de casa, realmente um pai, um avô, um amigo." A demonstração de carinho em relação ao papa Francisco, que morreu na manhã desta segunda-feira (21), é do padre João Custódio Cosmi Cunha, da Diocese de São Mateus, que mora em Roma desde 2023. Em entrevista à Rádio CBN Vitória, o religioso contou que o clima na capital da Itália e no Vaticana é de tristeza e comoção.
Padre João foi enviado pela diocese com a missão de fazer o mestrado em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana.
Ele lembra que, em abril do no passado, chegou a ter a oportunidade de uma audiência privada com papa Francisco.
Pe. João Custódio Cosmi Cunha
Padre da Diocese de São MateusPara o sacerdote capixaba, uma das principais características do pontífice era a sua humildade.
Pe. João Custódio Cosmi Cunha
Padre da Diocese de São MateusO pontífice chegou a aparecer, no domingo de Páscoa (20), para abençoar milhares de pessoas na Praça de São Pedro. Ele acenou da varanda e pediu a um assessor que lesse seu discurso.
“Ele quis dar uma volta na praça, que estava cheia, com o papamóvel para dizer às pessoas: ‘Estou aqui, estou com vocês, vocês estão no meu coração’, e hoje, com essa partida assim inesperada, demonstrou que, acima de tudo, estão a missão e o seu coração de pastor.”
Também em entrevista à CBN Vitória, o padre Bruno Franguelli, que já atuou como vice-reitor do Santuário de Anchieta e também se encontra em Roma atualmente, relembrou o momento em que celebrou missa com o papa Francisco, em 2017.
"Eu tive muitas oportunidades, não somente de celebrar a missa. É claro que isso coroou propriamente a minha proximidade ao papa, mas tive muitas oportunidades de estar com ele. De fato, hoje em Roma, a gente percebe o quanto faz falta e a tristeza que amanheceu essa cidade", disse Bruno Franguelli.
Ao relembrar esses momentos, Bruno cita que uma das marcas do pontífice era o seu bom humor em todas as situações, mesmo nos dias em que esteve internado.
"Mesmo nos dias de difíceis de hospital, os jornalistas se aproximavam e ele fazia sempre uma brincadeirinha. Isso é a força de vida que tinha o papa Francisco", relembrou o padre.
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